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Que jovem não querer morar sozinho, longe das implicâncias dos pais, tendo aquela liberdade tão sonhada de fazer o que se quer? Morar sozinho é maravilhoso, mas toda essa “liberdade” tem um preço. E não é só financeiro.
Quem vive com os pais geralmente não sabe o preço que se paga para manter uma casa – a física e a espiritual. Morar sozinho significa ter um lugar só para você, do jeito que você quer, com a organização que você dá, receber os amigos quando quiser, escutar as músicas que você gosta, e, também, ficar completamente sozinho quando desejar. Isso tudo é de fato maravilhoso, mas bancar uma casa tem os seus custos.
É difícil dizer quanto custa morar sozinho, porque os valores variam de acordo com cada cidade e com o estilo de vida e as prioridades de cada um. Mas é óbvio que não podem faltar na conta itens como: aluguel (e taxas), alimentação e transporte. Essas são as despesas básicas de quem paga contas no fim do mês. E não se deixe enganar: os boletos sempre chegam.
Uma boa dica é alugar uma casa perto do local de trabalho. Isso faz você economizar tempo e dinheiro com transporte. Se der para ir a pé, melhor ainda! Morando perto do trabalho, você ganha qualidade de vida, porque você pode aproveitar o seu tempo fazendo uma atividade física, cuidando da casa, fazendo algum curso ou não fazendo nada mesmo em casa… Ficar um tempão no trânsito é perda de tempo, de dinheiro e de energia. Às vezes, um aluguel mais distante parece mais barato, mas, quando se coloca na ponta do lápis, o custo pode ser bem maior. É preciso calcular os gastos com combustível, metrô, ônibus, Uber, táxi no fator moradia.
Em relação à alimentação, cozinhar em casa é, sem dúvida, mais barato do que comer fora. Se você dispõe de tempo para preparar a sua própria comida, essa é a grande oportunidade de aprender a preparar pratos saudáveis e saborosos! A dica aqui é fazer uma quantidade maior de comida e organizá-la em marmitas para serem congeladas. Isso facilita muito na correria do cotidiano.
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Além das contas básicas, todo mundo quer ter um dinheirinho reservado para o lazer: sair com os amigos, ir ao cinema, comprar um livro, sair para comer algo gostoso. Pois é, quando moramos com os pais esses afazeres parecem ser mais rotineiros do que quando temos que pagar os boletos, porque eles deixam de entrar nos “itens básicos”. Mas dá para tirar enormes vantagens disso.
Que tal, no lugar de sair para comer, chamar os amigos para tomar e beber algo em casa? É muito divertido poder reunir a turma ao redor do fogão! No lugar do cinema todo fim de semana, um canal de streaming que tenha a ver com as suas preferências ou até mesmo reativar o velho hábito de alugar um filme na locadora podem ser uma boa saída para economizar.
É claro que temos que contar com alguns imprevistos: o cano furou? Chama o bombeiro. A resistência queimou? Chama o eletricista? A casa está muito bagunçada e suja? Chama a faxineira.
Quando moramos sozinhos, começam a fazer sentido aquelas “implicâncias” de mãe, como “não deixe a luz acesa”, “que demora no banho”, “não desperdice comida”, “olha a conta do telefone”, “quanta louça suja”… Alguém tem que fazer os serviços de casa e, também, alguém sabe o quanto pesa no bolso o desperdício (sem falar no impacto ambiental!).
Se você não se organizar, a sua casa estará sempre suja: louça suja, roupa suja, chão sujo, banheiro sujo, cama desarrumada… A lista de afazeres domésticos é enorme e sem fim. Todo dia é dia de trabalhar em casa e o ciclo recomeça.
Embora essa lista de cuidados possa parecer desestimulante para quem deseja morar sozinho, quando você a organiza na sua rotina, você acaba tirando tudo de letra!
Talvez uma alternativa para alguns seja experimentar, antes, morar com mais pessoas, nas chamadas “repúblicas”. Morar com pessoas que não são da família pode ser uma boa maneira de aprender algumas responsabilidades compartilhadas antes de encarar as estritamente individuais.
Na verdade, é um grande prazer cuidar das suas próprias coisas à sua maneira. É uma alegria e tanto chegar todo dia em casa e se sentir no melhor lugar do mundo! Olhar os seus objetos pessoais dispostos nos cantinhos da casa que você cuidou nos mínimos detalhes; fazer um prato com os itens que você comprou no mercado, viajando pelas seções, perdido, sem saber o que levar para o jantar; receber um amigo para tomar um vinho e jogar conversa fora; ficar desesperado com aquela emergência não prevista no orçamento; ter um jardim; lavar louça pensando na vida; ficar sentado no sofá com uma xícara de café na mão sentindo o quão maravilhoso é poder estar bem consigo mesmo…
Essas são atividades ordinárias, mas são elas que, no fundo, nos ajudam a organizar algum sentido para as nossas vidas. E, quando fora dessa ordem algo irrompe, acontece de nos depararmos com o extraordinário!
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Categorias: Dicas Caseiras, Morar
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