Espada de São Jorge – a Melhor Proteção Astral para a sua Casa

Qual é a Espada-de-São-Jorge?

Esta é uma erva comum nas entradas das casas e em seu interior pois resiste bem à meia-sombra.

É uma planta medicinal, litúrgica, tóxica e muito querida dos brasileiros por sua simbologia de “espada” protetora, quebradora de demandas, defensora de quem nela tem fé.

Sansevieria trifasciata

No entanto, não só esta sansevieria é tida como boa proteção para nossas casas, caminhos e rituais. Ainda existem outras 3 espécies de sansevieria que também têm seu fundamento na proteção das casas, em banhos e na confecção de amuletos. São elas:

Espada-de-Iansã

Sansevieria zeylanica, com sua franja amarela no contorno e que, em alguns rituais e comunidades é chamada de Espada-de-Oxossi, rabo-de-lagarto ou língua-de-sogra.

Sansevieria zeylanica – Espada-de-Iansã

Lança-de-Ogum

Ou Lança-de-São-Jorge, Sansevieria cylindrica, redonda e pontuda, crescendo em leque:

Sansevieria cylindrica – Lança-de-São-Jorge

Estrela-de-Ogum

Sansevieria Trifasciata Hahnii, uma Sansevieria que cresce formando uma coroa, de baixo porte (não ultrapassa os 15 cm de altura e é usada como bordadura de canteiros, banhos de proteção e sacudimento e não tem uso medicinal.

Sansevieria Trifasciata Hahnii – Estrela-de-Ogum

Os Santos que Protegem a Espada

São Jorge da Capadócia – um santo guerreiro cultuado no catolicismo foi assumido pelos escravos africanos, que não podiam cultuar abertamente seus orixás, como em representação sincrética de Ogum, um orixá guerreiro que rege o fogo, sua dinâmica (o movimento), a abertura dos caminhos, o ferro e a tecnologia.

A imagem que se tem no imaginário popular de São Jorge é está, em luta contra o dragão, simbolismo de batalha e vitória.

São Jorge da Capadócia

Ogum é reconhecido como aquele orixá que protege os agricultores (é um orixá da terra no fogo, ou seja, que a faz se transformar em vida), os soldados, os artesãos e a todos os que se lhe consideram “filhos no axé”.

Assim, de uma maneira bem brasileira, um santo católico e um orixá africano, se deram as mãos em benefício de um povo que neles crê, e crê com fé maior.

Nas Casas do Brasil, uma crença

Na frente das casas, lá estão as espadas, na entrada, à esquerda da porta da rua, um vaso delas se mantém, firme e forte, na terra ou na água. Para maior “fechamento”, duas espadas cruzadas e amarradas com palha da costa têm seu lugar atrás da porta que se quer protegida.

Quem nelas acredita, crê que as espadas-de-são-jorge têm o poder de afugentar os maus espíritos, proteger a casa e seus habitantes contra a magia negra, absorver fluidos nocivos e cargas negativas que entrem com as pessoas e, pense bem, até a ciência diz que as Sansevieria sp são protetoras pois, estas plantas, ricas em compostos ativos que, segundo pesquisas da NASA (via BBC), limpam o ar do ambiente de contaminantes como benzeno, xileno, formaleído e também o toluene e o tricloroetileno.

E, para que a sensação de proteção e caminhos abertos seja a melhor, convido vocês a ouvirem o samba Ogum, com toda a ginga de Zeca Pagodinho:

“Andarei neste dia e nesta noite

Com meu corpo cercado, vigiado e protegido

Pelas armas de São Jorge

São Jorge sentou praça na cavalaria

Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia

Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem

Tenham mãos e não me peguem, não me toquem

Tenham olhos e não me enxerguem

E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal

Armas de fogo o meu corpo não alcançará

Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar

Cordas e correntes se arrebentem se o meu corpo amarrar

Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Jorge é da Capadócia

Salve Jorge”

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