Índice
O cajueiro é uma árvore nativa do Nordeste brasileiro. Existem dois tipos de cajueiro, o comum ou gigante e o cajueiro anão. Vamos aprender a plantar essa frutífera maravilhosa.
O cajueiro gigante, que pode atingir uma altura de até 20 m, com o peso dos galhos se arria na areia e se estende por uma superfície enorme.
Os dois maiores cajueiros, conhecidos e medidos, se encontram, um no Piauí e o outro no Rio Grande do Norte, ambos ocupam enormes áreas. Estas árvores com mais de 180 anos, foram jogando seus galhos, se espalhando, re-enraizando aqui e ali e continuam produzindo frutos deliciosos.
O cajueiro anão é bem mais prático de cultivar e atinge 4 metros de altura.
Para saber mais sobre essa árvore e seu fruto acompanhem os assuntos deste conteúdo:
{index}
O que costumamos considerar como fruto do cajueiro (Anacardium occidentale) na realidade se trata do seu pedúnculo floral ou extensão do mesocarpo da flor (inflorescência). O fruto mesmo é a castanha de caju, e o pedúnculo floral é o pseudofruto que é carnudo, cheiroso, gostoso, amarelo ou vermelho, uma delícia que, comestível, não é à toa que é considerado o fruto do cajueiro.
A castanha do caju é o fruto propriamente dito, que é duro e oleaginoso e é consumido depois de ser assado, para remover a casca. Pode ser consumo das seguintes maneiras:
Caju tem origem da língua tupi que é acaiu que significa noz que se produz.
Os indígenas extraíam a amêndoa da castanha de caju torrando-a diretamente no fogo, para eliminar o “Líquido da Castanha de Caju” ou LCC. Em seguida, após esfriar, realizavam a quebra da casca para a retirar a amêndoa.
A partir da industrialização, este método de extrair a amêndoa da castanha de caju adquiriu mais etapas:
Antes dos portugueses colonizaram o Brasil, o caju já era conhecido pelos indígenas brasileiros que o utilizavam em sua alimentação. Os portugueses levaram o caju para a Ásia e a África. Maurício de Nassau, governador da região nordeste colonizada pelos holandeses, protegeu os cajueiros por decreto e contribui para que o doce de caju em compotas ficasse conhecido na Europa.
Nativo do Brasil, o caju passou a ser cultivado nas regiões tropicais da América, África e Ásia. Os maiores exportadores mundiais de amêndoa de castanha de caju (ACC) são Índia, Vietnã e Brasil.
Devido às propriedades tônicas e adstringentes, da casca do cajueiro, se obtêm componentes utilizados na produção de cosméticos e medicamentos dermatológicos.
Do tronco se extrai uma resina, de coloração amarelada, conhecida como goma de cajueiro que é usada em substituição a outras colas pela indústria da celulose.
A castanha do caju é conhecida por suas propriedades nutricionais e medicinais e utilizada em várias receitas culinárias.
Do “fruto”, com sua parte carnuda, cheia de sucos e fibras vegetais, se fazem sucos, compotas, licores e doces diversos. O pseudofruto do cajuzeiro, é suculento, carnoso e rico em vitamina C e ferro.
O caju tem várias utilizações depois de beneficiado, tais como:
Depois de beneficiado o “Líquido da Castanha de Caju” ou LCC é utilizado em resinas de:
A amêndoa da castanha de caju é rica nos seguintes nutrientes:
A castanha também tem em sua constituição o ácido anacárdico, potente contra bactérias gram-positivas como Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans, que produzem cáries dentárias.
A castanha e o caju apresentam os seguintes benefícios para a saúde:
A casca do cajueiro também é usada como chá para tratar:
O chá de casca de cajueiro tem efeitos depurativo, laxante e diurético, acelera a cicatrização de feridas externas (para isso é preciso banhar o local com o chá), e também é eficaz na limpeza de pele, pois retira as células mortas, tonifica e fecha os poros.
Comumente, usa-se o chá da casca de cajueiro para tratamento das lesões oriundas da hanseníase.
CHÁ DA CASCA DE CAJUEIRO
O chá da casca do cajueiro geralmente é utilizado para problemas digestivos. Segue a receita de como fazê-lo:
Este chá pode ser utilizado de forma tópica e morno para tratar problemas de pele como aftas, úlceras e feridas.
Procure um médico:
Antes de consumir o chá de cajueiro, consulte o médico ou fitoterapeuta para avaliar o seu caso e se esse é o tratamento adequado e para saber de possíveis interações medicamentosas com os princípios ativos desta planta.
O cajueiro pode causar alergias e dermatites em pessoas sensíveis aos princípios contidos em todas as partes de sua planta. Um destes princípios é o ácido anacárdico na forma de um óleo bem cáustico conhecido como LCC, que é o líquido da castanha de caju.
A composição do LCC é principalmente de ácido anacárdico, cardol (11,31%) e seus derivados. Por isso quem tem sensibilidade a estes princípios deve tomar cuidado ao manusear e ter contato com a planta, e evitar de comer o caju in natura.
E com relação à castanha do caju, só pode ser comida após passar no fogo ou no forno, por causa do abundante concentração de LCC em sua casca.
Algumas recomendações antes de realizar o plantio do cajueiro:
O terreno para o plantar o cajueiro deve ser um pouco inclinado, profundo, com pelo menos dois metros de terra, bem drenável
Se você quer ter um cajueiro em seu quintal ou jardim siga as seguintes etapas:
Neste vídeo, Leonardo Lima dá algumas dicas de como obter mudas de cajueiro a partir das castanha de caju.
Plantar caju é uma forma econômica de poder comê-lo.
A castanha de caju tem alto valor nos mercado e, em várias regiões a “fruta” não é tão fácil de achar para compra.
Em condições apropriadas, o plantio é uma boa alternativa para obter esses deliciosos produtos do cajueiro e o que irá custar? A dedicação de cultivar! E o que irá se ganhar? Um belo cajueiro a frutificar!
Talvez te interesse ler também:
TOMATE-CEREJA, COMO CULTIVAR NA HORTA E NO VASO
COMO PLANTAR PEQUI E FAZER AS SUAS MUDAS
Categorias: Como plantar
ASSINE NOSSA NEWSLETTER