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Cymbalaria muralis é uma herbácea que produz pequenas flores e que, em Portugal, é conhecida pelo nome de “ruínas”, porque gosta de crescer em paredes de pedra e fendas de muros, sem terra nenhuma e com pouca incidência de Sol.
Essa planta se desenvolve espontaneamente em fendas de muros ou frestas de pedras, formando uma abundante ramagem, parecendo um tapete ou cortina vegetal. Por isso, é bem decorativa, dando um ar rústico ao ambiente.
O nome do gênero, Cymbalaria, vem da palavra grega kymbalon e da palavra latina cymbalum, que significa “címbalo”, referindo-se à forma da folha de algumas espécies. Já muralis vem do latim e significa “mural”, em referência à capacidade dessa planta de crescer em fissuras e rachaduras de paredes antigas, formando um mural vegetativo.
Cymbalaria muralis possui vários nomes, dependendo dos locais onde se encontra, tais como:
A Cymbalaria muralis pertence à família Plantaginaceae, a mesma da bananeira.
É nativa de climas mediterrâneos no sul e sudoeste da Europa, Alpes do Sul , leste da Iugoslávia, sul da Itália e Sicília. No entanto, ela foi introduzida na América do Norte, Austrália, Inglaterra, Ilhas Britânicas, Nova Zelândia e outros lugares.
Em algumas áreas é considerada planta invasora, devido a sua facilidade de se propagar e alastrar.
Ela é uma planta de videira de baixa altura, que pode formar cobertura rastejante de solo ou ramagem pendente em paredes e muros.
É perene ou anual, de ramagem muito fina, de 10-15 cm de altura e até 60 cm de comprimento.
As folhas são verdes claras, alternadas, com pouco mais de 2 cm de diâmetro.
Os caules são finos, rastejantes e frequentemente avermelhados. Podem atingir até 40 – 50 cm de comprimento. As hastes dos caules enraízam nos nós, permitindo que a planta se fixe e espalhe.
As flores são solitárias, tubulares, pequenas, numerosas e de tonalidades violeta, lilás, azul ou branca, com núcleo amarelo.
Surgem quase o ano todo, porém com mais intensidade no Verão e são bem atrativas de abelhas.
O frutos são pequenas cápsulas globulares de 0,4 cm de diâmetro, que se desenvolvem após a polinização.
As cápsulas contêm cerca de 50 sementes pequenas.
As raízes são fibrosas.
Este vídeo, do canal Venanaturale, mostra como é a Cymbalaria muralis:
Essa planta possui várias utilidades:
Em paisagismos e ornamentação de ambientes pode ser cultivada como:
As folhas dessa planta são comestíveis, fonte de vitamina C e possuem sabor que é um misto de picante e amargo, parecido com o agrião e podem ser consumidas cruas em saladas.
Também podem ser usadas cozidas por 30 a 60 segundos em água fervente,
As flores perfumadas podem ser usadas em guarnição de prato ou adicionadas às saladas.
Essa planta também possui propriedades medicinais, pois é anti-hemorrágica e vulnerária (cura feridas).
Pode ser usada externamente em cataplasma sobre feridas recentes, para estancar o sangramento.
Para cultivar essa planta, são necessárias as seguintes condições:
Ela adora paredes antigas de pedra e tijolo e qualquer ambiente rochoso, pedregoso ou de cascalho.
Se dá muito bem em clima do tipo mediterrâneo (verões frescos e invernos moderados).
Os clima ideais para seu cultivo são: subtropical, temperado, mediterrâneo e oceânico.
Não tolera climas muito quentes e excessivamente úmidos.
Gosta de locais de umidade média e temperatura fresca.
Aprecia local de meia sombra.
Prefere o solo solto e bem drenado.
As regas precisam ser feitas de forma regular para manter o solo levemente úmido.
Por ser uma espécie muito rústica, o indicado é só adubá-la duas a três vezes por ano, já é mais do que suficiente.
O plantio da Cymbalaria muralis pode ser feito através de:
O recomendável é fazer a divisão de touceira (ramagem já enraizada) no final da Primavera.
Após dividir as touceiras, pode colocar cada uma em um vaso e cultivá-las em local fresco, até que fique bem enraizada. Depois, pode plantar em local definitivo, na época da Primavera.
Conta-se que a Cymbalaria muralis foi introduzida na Inglaterra no século XVII, de forma acidental, quando uma remessa de esculturas foi trazida para Oxford.
Daí em diante, ganhou a apreciação das pessoas que passaram a cultivá-la em seus jardins.
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Fontes:
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