Depois de Londres, agora é a vez de Kouga. O município sul-africano deu início à construção da primeira estrada feita com resíduos plásticos.
A tecnologia, desenvolvida pela empresa britânica MacRebur, já foi testada na Inglaterra e representa uma dupla vantagem para o meio ambiente. Ao substituir parte do betume por resíduos plásticos na pavimentação de estradas, reduz-se, de um lado, a quantidade do derivado de petróleo liberado nos rios e córregos e, de outro, dá-se um destino ao plástico que hoje entulha aterros e oceanos.
O projeto sul-africano lançado no dia 11 de março deste ano, em Jeffreys Bay, prevê a utilização, por quilômetro, de 1,8 toneladas de plástico, material que, por enquanto, ainda é importado da Escócia.
Embora uma notícia publicada no site da Southern African Polymer Technology afirme que o uso do plástico resulta em uma estrada mais forte e durável, pesquisadores alegam que é preciso acompanhar de perto a iniciativa, uma vez que ainda não há estudos suficientes, seja para comprovar a eficácia do plástico na impermeabilização do solo, seja no que se refere aos impactos para a saúde.
Mas, se tudo der certo, o prefeito de Kouga, Horatio Hendricks, já anunciou a intenção de se construir uma fábrica no município para reciclar e produzir as micropastilhas de plástico localmente.
“As estradas ruins têm um impacto devastador sobre as comunidades. Não é apenas um perigo para os motoristas, mas também é ruim para a economia, pois afasta os potenciais investidores e dificulta as empresas existentes exercerem suas atividades […] Será uma vitória tripla para o nosso povo – melhores estradas, menos poluição e mais oportunidades de emprego”, afirmou Hendricks.
Desde já estamos na torcida para que tudo dê certo. Representaria um ‘jackpot’ para os sul-africanos.
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Categorias: Bioarquitetura, Morar
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