Mais uma inovação criada por jovens estudantes e isso dá gosto de se ver e noticiar, principalmente em tempos que senadores querem que o amianto volte a ser utilizado no Brasil e das embalagens de alimentos industrializados que enchem as prateleiras dos mercados, aumentando a poluição porque de reciclagem difícil e decomposição lenta.
Na contramão dessa realidade prejudicial, atentando à situação de degradação do meio ambiente e a má utilização dos recursos naturais do planeta, os estudantes Keylla Oliveira, Danielli Santos e Eduardo Correia, do curso de Administração da Escola Técnica Estadual (Etec) Heliópolis, na capital paulista, se uniram e criaram a “Telha Ecológica” utilizando embalagens Tetra Pak vazias e fibras de coco,
Esse projeto que teve o acompanhamento e a orientação das professoras Roberta Cabrera e Tais Bisbocci, foi apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso – TCC e ficou finalista, entre mais de 800 inscritos, do prêmio da 11ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (FEBRACE) 2017.
A reciclagem das embalagens Tetra Pak não é algo tão simples, pois este material é composto de três camadas diferentes: papel, alumínio e polietileno e, para reciclá-lo, é necessário separá-los. Bem por isso, existem cooperativas que descartam essas embalagens e não as reciclam.
Nesse contexto a criação desses estudantes contribui para aproveitar estas embalagens e, ao mesmo tempo, eliminar os impactos ambientais do descarte desses materiais de decomposição demorada.
Para aprimorar essa telha ecológica, eles tiveram a ideia de adicionar a fibra vegetal extraída do coco com a finalidade de servir como isolante acústico.
Veja o vídeo da apresentação desse trabalho feita pelos próprios alunos:
Essa telha ecológica já foi avaliada e aprovada por especialistas: o engenheiro civil Danilo Murja atesta:
“As telhas ecológicas são mais resistentes, suportam uma carga de 150 quilos por metro quadrado e são aproximadamente 15 quilos mais leves em comparação com as convencionais. Comparando com as telhas de amianto, ambas possuem uma vida útil de aproximadamente 25 anos, mas a ecológica é uma solução mais sustentável e extremamente interessante“.
Os estudantes realizaram pesquisa de campo para saber o nível de receptividade do mercado em relação a essa telha e os entrevistados demonstraram aceitação e interesse por ser uma alternativa ecológica e uma opção vantajosa.
Parabéns aos envolvidos: professores, alunos e direção da escola. Invenções como esta nos enchem de esperança. Por que voltar a liberar o amianto, cancerígeno, no Brasil, se temos opções não poluentes e não prejudiciais à saúde?
Nossos políticos deveriam se preocupar em dar apoio fiscal e estimulo à produção e comercialização de produtos como este: sustentáveis, ecológicos, de baixo impacto ambiental.
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Categorias: Bioarquitetura, Morar
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