Ikea juntamente com a Agência das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR, colocou em prática seu know-how para ajudar quem não tem uma casa.
Assim, os designers da IKEA, uma rede sueca que fabrica e vende móveis de baixo custo, e que será aberta também no Brasil, sempre seguindo a filosofia de “praticidade” que distingue a empresa, criaram para os refugiados uma cabana mais resistente e de longa duração, a RHU (Refugee Housing Unit).
Para ajudar aos milhares de refugiados, obrigados a viverem por muitos anos em acampamentos por todo o mundo, a equipe criou a Ikea RHU, uma construção leve, com duas portas e energia solar que garante a iluminação noturna através de uma cobertura que absorve o calor durante o dia. Tudo em 18 metros quadrados de espaço vital.
Os painéis solares do telhado são feitos do mesmo material plástico utilizado na construção das portas. Este material é um novo polímero chamado Rhulite, que permite a entrada de luz durante o dia, mas não mostra as sombras, quando iluminado por dentro, durante a noite. O painel solar que vem junto com a unidade imobiliária, alimenta uma lâmpada.
A gigante sueca já construiu 13 destas unidades na savana da Etiópia, no campo de refugiados de Kobe, em agosto do ano passado. A fila de estruturas dispostas com precisão se nota entre as barracas das outras áreas do campo.
No entanto, as Rhu ainda não são econômicas. O custo de produção é de cerca de 7.000 dólares, mas a Ikea está trabalhando para reduzi-lo. A principal vantagem deste invento, é a facilidade de transporte, outra característica da Ikea. As Rhu estão disponíveis em caixas FLATPACK e podem ser montadas em meio dia, embora alguns habitantes do acampamento disseram que às vezes levaram um dia inteiro para colocá-las de pé.
Muitas barracas de camping não resistem muito tempo ao clima duro do deserto, como nos campos de refugiados no Sudão e na Etiópia. A Ikea pretende instalar novas Rhu capazes de durarem pelo menos 3 anos.
Se as Rhu da Ikea resistirem ao clima do deserto, os refugiados de todo o mundo poderão ter uma casa melhor do que as barracas de camping. Segundo a ACNUR, aproximadamente 3,5 milhões de refugiados vivem em barracas.
Categorias: Bioarquitetura, Morar
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