Maracanã é o terceiro estádio a receber o selo LEED de sustentabilidade


O estádio do Maracanã, construído para receber a Copa do Mundo de 1950 e reformado para sediar o Mundial deste ano conquistou o selo prata da Certificação LEED.

O selo LEED – Leadership in Energy and Environmental Design, é uma certificação internacional concedida pela Green Building Council e segue determinados parâmetros para guiar as construções civis. O selo tem como objetivo incentivar a transformação dos projetos, obras e operação das edificações, sempre com o foco na sustentabilidade. O selo LEED é concedido através de uma avaliação de 7 critérios distintos. O maior templo do futebol brasileiro foi avaliado pelo espaço sustentável, eficiência do uso da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade ambiental interna, inovação e processos e créditos de prioridade regional.

O governo brasileiro optou, voluntariamente, por adotar medidas sustentáveis na construção dos estádios, como um requisito para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberasse financiamento para as obras. Desde o começo das obras, ações sustentáveis foram adotadas. 75% do material de demolição foi reutilizado no próprio Maracanã e em outras obras públicas. A lama proveniente da perfuração das estacas da fundação foi destinada a uma cerâmica e se transformou em 2,1 milhões de tijolos e 560 mil telhas.

Agora depois de pronto, e com seu primeiro prêmio conquistado, o Maracanã conta com placas fotovoltaicas na superfície que cobre as arquibancadas, com capacidade de geração de 400 mil kW/h por ano, o suficiente para gerar 9% da energia necessária para o funcionamento do estádio. Além disso, conta também com um sistema de captação da água de chuva na cobertura, e dispositivos que permitem a economia de água. A água captada é reutilizada para a irrigação dos campos e no funcionamento dos banheiros que possuem torneiras inteligentes e sistema de descarga ecológica. Essas ações foram responsáveis pela redução de 50% do uso de água potável e 40% da água no geral.

A concessionária do estádio também se preocupou com a destinação dos resíduos sólidos, fez uma parceria com a Recicla Rio – rede formada por cinco cooperativas de catadores da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Uma equipe de trabalhadores separa o material reciclável dos resíduos produzidos diariamente no estádio. A parceria resulta no reaproveitamento de sete toneladas por mês de materiais recicláveis.

O Maracanã foi a terceira arena, dentre as 12 construídas ou reformadas para o Mundial, a receber o selo. A Arena Fonte Nova, em Salvador, e o Castelão em Fortaleza “verde”.




Redação greenMe

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