Você sabia que o concreto é o segundo elemento mais utilizado pela humanidade depois da água? Pois é, este importante elemento para a nossa sociedade está sempre sofrendo alterações para se adaptar as novas exigências climáticas e ambientais. Neste campo surgiu uma grande inovação, que combina grande criatividade com o desenvolvimento sustentável. Um projeto desenvolvido por alunos do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), criou um cimento feito de fibras do curauá.
O curauá é um fruto típico da Amazônia, parecido com o abacaxi, porém mais fibroso e, portanto, ao contrário do abacaxi, não pode ser consumido.
O professor Johnson Pontes de Moura, professor da UFAM, sobre o processo de confecção deste tipo de cimento ecológico que, de acordo com as palavras do professor, é até 25% mais resistente e produz, em média, 45% menos resíduos poluentes que o cimento tradicional, conferindo muito mais sustentabilidade ao meio ambiente da Amazônia, o local com a maior biodiversidade do planeta.
O professor explica que o curauá, aplicado no cimento tradicional, implica em grandes vantagens para o meio ambiente, pois o agride menos e, principalmente, torna o preço mais acessível para a população da região amazônica. Moura também garante que foram feitos testes para comprovar que o cimento de curauá possui a resistência atestada em 25% superior ao cimento comum, assim como o número de 45% menos poluente.
Moura acredita que o cimento de curauá pode resolver o problema do cimento convencional e seus males para o meio ambiente. Adotar o cimento desenvolvido pelos alunos da UFAM, a causa do desenvolvimento sustentável, fundamental para sobrevivência do planeta, daria um passo importante rumo ao crescimento sustentável.
Mas se você pensa também nas questões relativas a construção civil e na aplicação prática do cimento de curauá, Moura explica que o cimento aumenta a resistência mecânica das edificações, o que as tornaria mais propicias para enfrentar fenômenos naturais como terremotos, por exemplo. Lembrando que o Brasil, em algumas regiões, sofre, sim, com terremotos, e que uma dessas regiões é exatamente o estado da Amazônia, que já teve terremotos de até 5,5 graus na escala Richter, porém sem maiores danos as pessoas e as cidades, já que o abalo aconteceu em área de pouca concentração populacional.
Essa resistência mecânica também aumenta, como um todo, a vida útil da obra que será construída com este cimento, além de seguir todas as premissas do ISO 14001, que confere certificação de qualidade a este tipo de material da construção civil.
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Fonte foto: emater.pa.gov.br
Categorias: Bioarquitetura, Morar
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