24 anos atrás, no dia 4 de junho de 1994, falecia o renomado internacionalmente artista plástico brasileiro, Roberto Burle Marx. O artista ganhou fama no mundo inteiro exercendo a profissão de arquiteto paisagista, sendo autor de mais de três mil projetos de paisagismo em 20 países, além de ter sido pintor, escultor, tapeceiro e criador de joias.
Filho de judeu alemão comerciante de couro e de uma pernambucana descendente de franceses, quando os negócios começaram a ficar mal, seu pai decidiu mudar para o Rio de Janeiro, onde o filho recebe uma educação rica em artes e cultura, estudando pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes.
Burle Marx viveu um período de sua vida na Alemanha, onde entrou em contato com as vanguardas artísticas, conhecendo um Jardim Botânico com uma estufa com grande vegetação brasileira, o deixando fascinado.
De volta ao Brasil, começou a carreira trabalhando para projetos de Lúcio Costa e logo teve seu primeiro projeto de jardim público feito, a Praça de Casa Forte, no Recife, criada pelo artista em 1934. No mesmo ano assumiu o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, onde realizou vários projetos repletos de espécies tropicais com a flora típica da Amazônia, da Mata Atlântica e da caatinga.
Mas foi no Rio de Janeiro que Burle Marx deu sua grande contribuição para a definição de Arquitetura Moderna Brasileira ao projetar o terraço-jardim para o Edifício Gustavo Capanema, considerado um verdadeiro marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Com vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim possui uma configuração que era inédita no Brasil e no mundo.
Destaque em suas obras também para os jardins do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais, no Parque do Ibirapuera em São Paulo, o Eixo Monumental em Brasília, o aterro da Bahia Sul, em Florianópolis, o Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, os jardins da sede da Unesco em Paris, França, e muitos outros.
No ano de 1982 recebeu o título de Honoris Causa da Academia Real de Belas Artes de Haia, na Holanda. No mesmo ano recebeu também título Honoris Causa do Royal College of Art em Londres, Inglaterra.
Como grande marca em seus projetos, a sua preocupação com a preservação da vegetação e flora brasileira, o que o levou a usar plantas nativas brasileiras em seus projetos, marcando o estilo de Roberto Burle Marx no planeta inteiro.
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Fonte foto: wikirio.com.br
Categorias: Arte Urbana, Morar
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