Cidades do mundo inteiro propõem desta data querida (22 de setembro) rever nossa dependência de carro ou moto. É o World Car Free, proposto pelo World CarFree Network. No Brasil falamos sobre o Dia Mundial sem Carro e o importante é descobrir que existem outras formas de mobilidade urbana que podem melhorar a qualidade de vida, principalmente nos grandes centros.
O movimento começou a ganhar força na década de 90 mas a ideia tem origem na crise petróleo em 1973 onde começou-se a desincentivar o uso do automóvel para promover meios de transportes mais eficientes.
As primeiras cidades a aderirem ao movimento sem carro foram Reykjavík – Islândia; La Rochele – França e Bath – Reino Unido e o primeiro país a promover uma campanha nacional para que seus cidadãos deixassem o carro em casa foi a Grã Bretanha em 1997.
A Comissão Europeia criou no ano 2000 a Semana da Mobilidade para expandir o dia em uma semana de atividades a favor do meio ambiente, sem carros e motos e para incentivar as pessoas a usarem alternativas ao egoísta e poluente automóvel.
Claro, não é difícil responder que os carros nos levam para onde a gente quer a hora que a gente quer, e nos dá uma imensa sensação de liberdade…Opa…mas não é bem assim, pelo menos nas grandes cidades.
Foi-se o tempo em que ter um carro era sinônimo de luxo, conforto e liberdade.
Hoje locomover-se de carro nas grandes cidades é sinônimo de estresse e nada mais. Ir de bike? Seria fantástico mas daí vem o calor “vou chegar suado”, vem a falta de segurança no trânsito “faltam ciclovias”; vem a falta de segurança da própria bike “onde eu estaciono para não me roubarem?”
Por essas e por outras é importante cobrar de nossos governantes para que eles busquem melhorar a qualidade de vida das pessoas, o que deve necessariamente passar por um plano sustentável de mobilidade urbana.
Ônibus e outros meios de transporte coletivo que sejam seguros e com horários regulares. Claro que o cidadão fica na dúvida em enlouquecer sozinho no trânsito ou pegar o busão lotado e lutar para conseguir descer no destino enfrentando empurra-empurra. Mas e se os ônibus (trens, metrôs) fossem eficientes? O mesmo para as bikes, precisamos melhorar os meios que temos para o seu uso, além disso tudo precisamos rever também nossos conceitos pessoais e fazermos um uso coletivo do carro no trabalho, na escola e compartilhar, dar carona, dividir o taxi, andar um pouco a pé também não faz mal a ninguém.
Os nossos pulmões agradecem. O ar que respiramos nas grandes cidades é irrespirável. Nossa saúde e nosso bem-estar também agradecem. Façamos todos a nossa parte: vamos cobrar dos governantes uma mobilidade sustentável enquanto tentamos mudar nossos hábitos. Não precisamos do carro para viver, pode crer! Pelo menos por hoje, deixe o carro na garagem 🙂
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Fonte foto: fotospublicas.com
Categorias: Locomover-se, Transportes
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