Uber é proibida no Rio de Janeiro


Aprovado na Câmara dos Vereadores, a prefeitura do Rio de Janeiro sancionou parcialmente o Projeto de Lei 122/2015 e já fez a publicação no Diário Oficial (dia 30). O projeto prevê multa para todos os motoristas que prestarem serviço de transporte através do aplicativo Uber. Dentro do projeto foram feitos vetos pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, como algumas normas para o serviço de táxis para portadores de deficiência e também sobre a possibilidade de picapes ou caminhonetes serem táxis.

O aplicativo Uber se tornou um verdadeiro “problema” em cidades como Brasília, São Paulo e, claro, Rio de Janeiro. Desencadeando protestos por parte dos taxistas contra o aplicativo. Alguns destes protestos, inclusive, com violência física contra motoristas a serviço do Uber, e a pressão sobre o assunto levou a uma resposta rápida por parte da prefeitura local, a favor dos taxistas, claro.

Agora a prefeitura do Rio pretende criar seu próprio aplicativo, obrigatório aos taxistas e que permitirá a população realizar reclamações.

A Secretaria Municipal de Transportes afirmou que uma comissão da prefeitura ficará responsável por avaliar propostas apresentadas pelas empresas por meio de uma chamamento público e que as sugestões serão repassadas aos taxistas no período de um mês. Em seguida o aplicativo será disponibilizado, gratuitamente, aos cidadãos locais.

A Uber se pronunciou sobre o tema, alegando que a prefeitura sancionou uma lei inconstitucional, banindo tecnologia da cidade e impedindo os cariocas de terem mais opções de locomoção, e ainda afirma que tomará as medidas legais cabíveis para recorrer da decisão. A Uber também lembra que mais de 700 mil e-mails foram enviados ao prefeito Eduardo Paes para que houvesse o veto integral do PL 122/15.

E é muito natural que tantos e-mails tenham sido enviados ao prefeito pedindo veto do Projeto de Lei, afinal de contas, há muito tempo os taxistas oferecem um serviço aquém do ideal no Brasil.

Um exemplo, entre tantos, é o “custo-benefício” que os taxistas querem para realizar uma corrida. Se é muito próximo e “não vale a pena”, eles inventam uma desculpa e não realizam o seu trabalho. Claro que nem todos são assim, eu mesmo tive uma grata experiência de nunca precisar “implorar” para fazer uma corrida rápida, que às vezes não dava nem 10 reais, do Terminal Artur Alvim na Zona Leste de São Paulo, até a casa da minha esposa, na época namorada, no bairro quando chegávamos após às 22 horas e optávamos por um veículos que nos deixasse na porta de casa.

No entanto, morando no centro da cidade, mais de uma vez corridas semelhantes nos foram negadas e tivemos de apelar para aplicativos que obrigam seus colaboradores a nunca recusar trabalho para chegar em casa com a rapidez e segurança de um veículo particular.

E se as questões envolvendo a eficiência do trabalho não bastam, o que dizer daqueles que desejam efetuar carona solidária? A economia compartilhada está ai, na frente de todos e deve evoluir para o bem do meio ambiente e das nossas vidas em sociedade. Vamos proibir isso também?

Mas citei primeiro a questão da qualidade do serviço dos taxistas para falar o óbvio ululante: com ou sem aplicativo, existem mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, sendo que apenas uma parcela deste montante é mais do que suficiente para nutrir o mercado de taxistas, com ou sem aplicativos e caronas solidárias.

Basta que façam seu trabalho com educação, dedicação, qualidade e respeito. Assim conseguirão manter sua fatia no mercado sem a necessidade de medidas protecionistas e autoritárias, permitindo que hajam da forma que quiserem. Enquanto isso, o povo, mais uma vez, paga o pato!

Leia também: Ideias verdes que funcionam com o carro: condivida, compartilhe, pegue carona…

Fonte foto: uber.com




Redação greenMe

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