Se as coisas no Brasil não dão certo, com certeza não é por falta da boa vontade e criatividade de seu povo. O aposentado João Alfredo Dresch, de 68 anos, levou cinco anos para transformar em realidade uma sua ideia que surgiu durante uma viagem à Itália, criando o JAD, o primeiro minicarro elétrico do Brasil. O nome se refere às inicias de seu criador, um gaúcho do Vale do Taquari.
O motor tem 5 cavalos de potência e alcança 70 km/h, não polui e é silencioso. Criado para circular na cidade – pode substituir as motos: perigosas, poluentes e barulhentas – o veículo possui menos de 2 metros de largura. O gasto por quilômetro rodado é de apenas R$ 0,10!
“Só usei a cabeça. Acho que isso falta nesse ramo. Fui à Itália e vi esses carros pelas ruas. Voltei decidido a fazer algo parecido”, explica o criativo senhor que, em 2009, visitou a Itália e ao voltar para o Brasil, visitou fábricas automotivas e, mesmo sem ter acesso aos detalhes sigilosos da fabricação, e sem ter formação superior específica na área, decidiu criar o seu próprio minicarro elétrico.
Com R$ 10 mil emprestados, João começou seus trabalhos, no qual investiu um total de R$ 40 mil. “O primeiro protótipo era de papelão, depois fizemos um de madeira e outro de fibra, até chegar ao modelo de aço”, explica.
Dois anos e meio depois de finalizado e com duas apreensões por andar sem documentos, o carro elétrico de João foi aprovado pelo Detran. As placas JAD-0713 chegaram em janeiro.
Embora só no início deste ano tenha recebido autorização para circular, João conta que foram necessários apenas alguns anos entre a concepção do projeto e seu resultado final.
O veículo é alimentado por um sistema de 14 baterias, que mantém uma corrente contínua que aciona o motor de 5 cavalos do minicarro. Dentro do veículo há espaço para duas pessoas, motorista e passageiro, e ainda é possível adicionar bagagens na parte traseira. João ressalta que seu JAD é economicamente viável, além de ter as vantagens de qualquer carro elétrico: não polui, é isento de IPVA e tem baixo custo de rodagem. E de praxe não terá dor de cabeça para estacionar, pois ocupa o espaço de uma moto no estacionamento oblíquo onde cabem três JAD no lugar de uma vaga de carro tradicional.
Em meio a tantas vantagens, João, busca interessados em investir no projeto. “Estou conversando com quatro empresas no momento e creio que o consumidor final pode adquirir um carro como esse por menos de 20 mil” completa.
Nós adoramos a invenção do JAD. Você sabia que o Greenpeace fez uma campanha para denunciar que o nosso chamado país do futuro possui carros do passado?
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E você, o que achou da criação brasileira? Não seria legal se tivéssemos vários desses circulando por aí? Estamos na torcida!
Fonte foto: automotivoliberato.blogspot.it
Categorias: Carro, Locomover-se
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