Celular ao volante, perigo constante


Depois das campanhas pelo uso do cinto de segurança e do “se beber não dirija” é hora de conscientizar sobre o uso, cada vez mais frequente, do celular ao volante.

Um perigo sério e subestimado porque todo mundo acha que dá tempo de dar um like num post, de mandar um hello pelo zapzap e por aí vai até chegar aos mais espertalhões que mandam msn e e-mail enquanto dirigem. E muitos destes espertalhões dizem que é a mulher ao volante o perigo. Vai vendo!

Faça as contas:

Em média são necessários 10 segundos para mandar uma mensagem, seja pelo social que pelo WhatsApp etc. A uma velocidade de 100 km/h percorremos 280 metros (2 e 1/2 campos de futebol) em total desatenção. A 50 km/h, são 140 metros. Um espaço enorme onde a insegurança faz a festa seja na estrada que na cidade.

Ninguém é tão esperto que possa dirigir assim, em total e verdadeira imprudência. E se você olhar para os carros ao lado do teu, no trânsito, verá o número absurdo de gente sempre com o celular na mão.

A lei 9.503 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro é de 1997 e qualifica como infração de gravidade média o uso do celular ao volante. Mas em 1997 o celular não era o smartphone de hoje e nem todo mundo tinha celular como se tem hoje. Além disso, os painéis dos carros modernos, por assim dizer, quase que se parecem com o painel de um avião, cheio de coisas para distrair a atenção do motorista: navegador, música, aparelhos para se conectar ao celular, etc.

As causas dos acidentes automobilísticos tendem a ter cada vez mais a ver com o uso indevido do celular. Se dirigir, dirija e nada mais, não precisa e não deve dirigir, trabalhar, mandar beijinho e fazer gracinha com o celular ao volante. O celular é um instrumento valioso, não podemos mais imaginar nossas vidas sem ele, mas temos que ter o cuidado de não nos fazermos vítimas dessa telinha.

Estamos virando zombies, perdendo a noção da civilização, deixando de conversar com pessoas reais e de sair com amigos para ficarmos ligados à rede. E isso já seria o bastante para acabar com a própria vida mas, colocar a vida dos outros em riscos não pode. O Facebook, o WhatsApp, o e-mail e toda sua turma, podem esperar pelo seu like.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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