Pedalar na cidade de São Paulo é uma tarefa difícil. Além da carência de ciclovias e da falta de fiscalização sobre os motoristas, os ciclistas ainda têm que lidar com os furtos.
Durante a primeira metade de janeiro, ao menos nove ciclistas foram vítimas de furtos dentro da USP – Universidade de São Paulo; dez estações do projeto de compartilhamento de bicicletas – Projeto Bike Sampa, tiveram suas bicicletas retiradas por conta de vandalismo e furtos, que ocorrem principalmente no centro da cidade, um dos pólos fundamentais do projeto, pois absorve as pessoas na reta final da ida ao trabalho.
Questionada sobre os crimes, a Polícia Militar disse não possuir estatísticas específicas sobre roubos e furtos de bicicletas, apenas sobre roubos em geral, mas especialistas consideram que o aumento dos casos de roubos e furtos são consequências do aumento do uso das bicicletas na cidade, que subiu 7% em cinco anos. Porém, a insegurança não é o único problema enfrentado pelos ciclistas nas cidades brasileiras. Ciclistas acreditam que o maior problema é se deslocar junto com a falta de respeito e de infraestrutura.
Com o aumento do uso da bicicleta como meio de transporte, o tema vem sendo discutido pela sociedade, indignada com a depredação das bicis do projeto, e sempre mais atenta ao meio ambiente, à saúde e ao bem-estar. Além disso, notícias já passadas, como a morte de um ciclista pelo atropelamento que Thor Batista causou, e tantos outros casos, levantam sempre a questão da segurança no trânsito para com as partes mais frágeis do tráfego diário.
Em 2012 a Política Nacional de Mobilidade Urbana priorizou o pedestre, o ciclista e o usuário do transporte público. Mas isso não basta! Falta ainda muito para que a bicicleta seja realmente reconhecida pelas vantagens que possui: faz bem à saúde; ao meio ambiente; não polui e facilita a fluidez do trânsito.
Fonte foto: Morgue File
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Categorias: Bicicleta, Locomover-se
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