Em uma iniciativa inovadora, o Governo do Estado do Paraná quer se adequar aos novos tempos que primam pela sustentabilidade, e promover fortes incentivos ao uso de bicicleta como meio de transporte principal em parcelas maiores da população. Com isso, o estado procura se integrar à proposta do Governo Federal em sua Política Nacional de Mobilidade Urbana – estabelecida após as manifestações de julho de 2013.
Para aderir ao programa, será necessário que os estados da federação deem prioridade a meios de transporte que não dependam de motorização – e, por tabela, de combustíveis fósseis. Há, inclusive, uma demanda, por estados e municípios, de promoverem a integração de modais de transporte público aos não motorizados.
Assim, “pegando carona” nessa política, o Paraná estabeleceu, no dia 12 de março de 2014, uma união inédita nesse estado, ao agregar: cicloativistas, universidades e o próprio governo do estado em um grupo de caráter interinstitucional e técnico, para executar o Programa Paranaense de Mobilidade Não Motorizada por Bicicleta, que dará foco a três temas: ciclocidadania, cicloturismo e cicloestrutura, ou seja, dando uma perspectiva global ao tema do uso da bicicleta como meio de transporte.
Segundo a Determinação do Governo Estadual – n° 011/2014 – através da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – o prazo dado para que o programa apresente resultados concretos é de seis meses – 180 dias – As primeiras reuniões serão no próprio dia 13, do mesmo mês e ocorrerão semanalmente.
É muito louvável a atitude paranaense, sobretudo pelo fato de no Brasil ser comum ouvirmos lamentos sobre a falta de ciclovias e sobre a falta de segurança para os ciclistas, o que desencoraja até mesmo os mais dispostos a pedalarem pela diminuição da emissão de CO2 ou pela questão da saúde.
Até em grandes centros como São Paulo, o número de ciclovias sempre foi considerado bem inferior ao ideal. Apenas a cidade do Rio de Janeiro apresenta um cenário diferenciado a esse respeito; sua malha cicloviária mede 320 km, inferior apenas à de Bogotá, na América Latina. Mas ainda é pouco! Na Europa, a Holanda é famosa pela sua vida inseparável de suas bicis. Na França, por exemplo, há uma situação ainda impensável para os padrões brasileiros: um projeto do Ministério dos Transportes local, visa pagar 0,25€ por Km para as pessoas que forem ao trabalho de bicicleta. É essa a forma que a bicicleta deve ser tratada: como política de governo.
E você? Usa a bike como meio de transporte?
Fonte foto: Stock.Xchng
Categorias: Bicicleta, Locomover-se
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