O som do buraco negro: ouça!


Muita gente se pergunta: qual é o som do espaço? Para muitos, o palpite seria o silêncio por conta do vácuo, já que as ondas sonoras não podem se propagar na vasta imensidão do Universo.

Mas, recentemente, a NASA transformou as ondas acústicas que saem de um buraco negro no centro do aglomerado de galáxias Perseu em notas audíveis para os ouvidos humanos.

E então, qual é o som do espaço?

O som do espaço

Apesar do vácuo existir na maior parte do espaço, nem todos os lugares são dominados por ele.

Um aglomerado de galáxias tem tantos gases que é possível captar áudios.

Dessa forma, os áudios obtidos pela NASA foram amplificados e misturados a outros dados.

O vídeo que mostra os dados astronômicos transformado em som foi compartilhado nas redes sociais da agência espacial.

Ouça:

Buraco negro

A NASA explicou que nenhuma edição foi feita, mas, como o áudio precisou ser muito amplificado e alguns outros sons que o integram são interpretados a partir de dados atribuídos a um espectro de luz, esse é o resultado final.

O processo é chamado de sonificação, que consiste justamente em converter outros tipos de dados (no caso, os astronômicos), em áudio sem falas.

Como o som foi capturado?

Em 2003, as primeiras ondas sonoras foram detectadas em torno do buraco negro no aglomerado de galáxias Perseu pelo Observatório de raios X Chandra, um telescópio espacial.

Os astrônomos descobriram que as ondas de pressão enviadas pelo buraco negro causavam ondulações no gás quente das galáxias, que poderiam ser traduzidas em uma nota inaudível para o ouvido humano.

Para transformar o áudio captado no buraco negro no som do vídeo de divulgação:

  • as ondas sonoras foram ressintetizadas;
  • e aumentadas em 58 oitavas (o que significa que estão sendo ouvidas em uma frequência 144 quatrilhões e 288 quatrilhões mais alta que a original).

Além desse buraco negro, a NASA também já divulgou a sonificação de um localizado no centro da galáxia M87.

Os sons são obtidos a partir de

  • dados ópticos;
  • ondas de rádio;
  • e de raios X,

capturados por telescópios espaciais variados, como o Chandra, o Hubble e o Atacama Large Milimiter Array (Alma), no Chile.

Fonte: exame.com

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Lara Meneguelli


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