Índice
Todo o mundo quer paz!
E, ao longo dos séculos, muitas culturas, religiões, movimentos políticos e as mais diversas pessoas ao redor do globo desenvolveram símbolos de paz para comunicar paz, harmonia e reconciliação.
Vamos conhecer um poucos sobre a história dos símbolos da paz?
Internacionalmente reconhecido como o símbolo da paz, o símbolo CND, o símbolo do desarmamento nuclear ou o sinal da paz e amor, foi projetado para o movimento britânico de desarmamento nuclear por Gerald Holtom, artista e engenheiro.
Ele o apresentou ao Comitê de Ação Direta em 21 de fevereiro de 1958, onde foi aceito como símbolo de uma marcha de Trafalgar Square, Londres, para o Atomic Weapons Research Establishment, em Berkshire, em 4 de abril do mesmo ano.
O símbolo é uma combinação das letras ‘N’ e ‘D’ do alfabeto homográfico, representando o desarmamento nuclear. O círculo simboliza a Terra.
O sinal tornou-se o emblema da Campanha pelo Desarmamento Nuclear (CND) e, por não ter direitos autorais, marca registrada ou restrição, o símbolo se espalhou para além do CND e foi adotado por movimentos mais amplos de desarmamento e anti-guerra.
No final da década de 1960, o símbolo foi adotado como um sinal de paz genérico, cruzando fronteiras nacionais e culturais.
O uso do ramo de oliveira como símbolo de paz na civilização ocidental é antigo: vem do século V a.C na Grécia.
Os antigos gregos acreditavam que os ramos de oliveira representavam fartura e afastavam os maus espíritos, sendo um dos atributos de Eirene, a deusa grega da paz.
O ramo de oliveira também é conhecido como Pax pelos romanos, que apareceu nas moedas imperiais romanas com um ramo de oliveira. Já Virgílio, poeta romano, associou “azeitona gorda” à Pax.
Outra deusa da mitologia grega, Atena, deu a oliveira ao povo de Atenas, que mostrou sua gratidão dando o nome dela à cidade.
Nos Jogos Olímpicos, podemos observar que os vencedores recebem coroas de ramos de oliveira para usar.
As moedas inglesas do século XVIII retratam a Britânia com uma lança e um ramo de oliveira, outra moeda de ouro de Carlos I de 1644 mostra o monarca com uma espada e um ramo de oliveira.
Em julho de 1775 o Congresso Continental Americano adotou a “Petição do Ramo de Oliveira” na esperança de evitar uma guerra total com a Grã-Bretanha.
Leia mais:
A pomba tem sido um símbolo de paz e bandeira branca por milhares de anos em muitas culturas diferentes.
Na mitologia grega antiga era um símbolo do amor e da renovação da vida. No Japão antigo, uma pomba carregando uma espada simbolizava o fim da guerra.
Na história de Noé na Bíblia, quando as águas do dilúvio recuaram, Noé soltou uma pomba que voltou com uma folha de oliveira, para mostrar que o dilúvio bíblico havia acabado e que a vida havia retornado à Terra.
Desde então, na fé cristã, a pomba simboliza a libertação e o perdão de Deus.
E mais: Pablo Picasso fez da pomba um símbolo moderno da paz quando foi escolhida como emblema para o Congresso Mundial da Paz em 1949.
A pomba também tornou-se um símbolo do movimento pela paz e dos ideais do Partido Comunista.
Considerada uma planta sagrada em muitas culturas, o visco geralmente representa paz e amor.
A maioria das pessoas conhece a tradição natalina de beijar debaixo de um arbusto de visco, que alguns acreditam vir da mitologia escandinava.
O filho da deusa Freya foi morto por uma flecha feita de visco, então em homenagem a ele, Freya declarou que sempre seria um símbolo de paz. Hoje em dia, é muitas vezes pendurado nas portas como sinal de amizade.
Os antigos druidas também acreditavam que pendurar visco em sua porta afastava os maus espíritos, e as guerras entre tribos parariam de acontecer se encontrassem uma planta visco.
Outro símbolo antigo e universal para a paz, o arco-íris muitas vezes representa a conexão entre os humanos e seus deuses.
Na mitologia grega era associado a Íris, a deusa que trazia mensagens dos deuses no Monte Olimpo e na mitologia escandinava o arco-íris era uma ponte entre os deuses e a Terra.
Na Bíblia, um arco-íris apareceu para mostrar a Noé que o dilúvio acabou e que Deus havia perdoado seu povo. Na tradição chinesa, o arco-íris é um símbolo comum para o casamento porque as cores representam a união de Yin e Yang.
Hoje em dia, o arco-íris é usado por muitos movimentos populares pela paz e pelo meio ambiente.
Na década de 1980, o artista de São Francisco Gilbert Baker projetou uma bandeira do arco-íris como símbolo do orgulho gay (geralmente com a faixa vermelha no topo).
O símbolo do rifle ou espingarda quebrada foi adotado pelo War Resisters International (WRI) e suas afiliadas.
O primeiro exemplo conhecido do símbolo, foi na edição de janeiro de 1909 do De Wapens Neder (Down With Weapons), o jornal mensal da União Antimilitarista Internacional na Holanda.
Também apareceu em um panfleto de 1915, Under det brukne Gevaer (Sob o Rifle Quebrado), publicado pela Associação da Juventude Social-Democrata Norueguesa.
Uma escultura ao lado da sede da ONU, em Nova Iorque (EUA), representa a não violência. A obra foi feita pelo escultor sueco Carl Reuterswärd após o assassinato de John Lennon, que foi um ativista pela paz e acabou morrendo assassinado vítima do uso de uma arma de fogo.
A escultura é um símbolo da paz que lembra a espingarda quebrada pois toda arma inutilizada representa a não-violência.
Em 1933, durante uma época em que havia um medo generalizado de guerra na Europa, a Guilda Cooperativa de Mulheres anti-guerra começou a prática de distribuir papoulas brancas como uma alternativa às papoulas vermelhas dadas pela Royal British Legion em comemoração aos militares que morreram durante a Primeira Guerra Mundial.
As papoulas brancas foram escolhidas para incorporar tanto a lembrança quanto o pacifismo, com o branco simbolizando a o apelo pelo derramamento de sangue das guerras.
Embora eles não fossem feitos para entrar em conflito com a papoula vermelha e fossem meramente projetados como uma alternativa, a papoula branca às vezes é vista como um símbolo político.
A Peace Pledge Union (PPU) reviveu o símbolo em 1980.
O artista, ativista cultural e filósofo russo Nicholas Roerich, fundou um movimento para proteger artefatos culturais e usou um símbolo é composto por três pontos sólidos cercados por um círculo.
Em 1935, Roerich iniciou um pacto que foi assinado pelos Estados Unidos e nações latino-americanas, concordando que monumentos históricos, museus e instituições científicas, artísticas, educacionais e culturais deveriam ser protegidos em tempos de paz e guerra.
O artista descreveu o círculo como representando a totalidade da cultura, com os três pontos sendo Arte, Ciência e Religião, três das atividades culturais humanas mais abrangentes.
Ele também descreveu o círculo como representando a eternidade do tempo, abrangendo o passado, presente e futuro.
O emblema também foi usado em bandeiras de paz.
O sinal de “V” (gesto feito com a mão e os dedos indicador e médio abertos e todos os outros fechados) foi usado durante a Segunda Guerra Mundial.
Sugerido por Victor de Laveleye, ex-ministro belga da Justiça, os combatentes da resistência nos territórios ocupados pelos alemães o usaram como um símbolo de amizade e força durante a Segunda Guerra Mundial.
“V” representava a primeira letra das palavras francesas, flamengas e inglesas para ‘vitória‘ (victoire, vrijheid e victory, respectivamente).
Nos Estados Unidos, durante a década de 1960, ativistas contra a Guerra do Vietnã adotaram o sinal como um símbolo de paz anti-guerra.
A cor branca representa a paz, a pureza e a inocência. É a cor das vestes dos anjos e dos santos.
No Brasil é a cor mais usada no réveillon como símbolo e simpatia para atrair paz, que é o bem maior de todos.
Também se fala em bandeira branca como símbolo de rendição mas não como derrota, e sim como paz.
A paz é branca.
Tradicional símbolo de sorte no Japão, o tsuru foi popularizado como símbolo da paz pela história de Sadako Sasaki (1943 – 1955), uma menina que morreu em decorrência do bombardeio atômico de Hiroshima em 1945.
Devido à radiação, Sadako desenvolveu leucemia e dizem que ela passou seus últimos dias construindo orizurus de papel de origami depois de ouvir algum folclore japonês que promete realizar um desejo a quem produz 1000 deles.
Sua história inspirou a adoção do tsuru de papel como símbolo da paz no Japão e estátuas da menina estão no Parque da Paz de Hiroshima.
Como deu para perceber são vários os símbolos da paz. Escolha o seu e espalhe a cultura do amor e da não-violência por onde passar.
Talvez te interesse ler também:
O que é, e como fortalecer a Cultura de PAZ
O Amanhã da Paz: meditação global com milhares de pessoas. Participe!
10 coisas que você deve renunciar a fim de ser verdadeiramente feliz
Categorias: Significados
ASSINE NOSSA NEWSLETTER