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Já parou para pensar onde se originou a tradição da árvore de Natal e os significados que este símbolo natalino encerra?
A história e a simbologia da árvore de Natal vem de longa data, desde a antiguidade, percorrendo do Oriente até o Ocidente.
Levando isso em conta, este conteúdo traz informações extraídas do History, sobre a origem e os significados da árvore de Natal.
As antigas civilizações que povoavam os continentes europeu e asiático, cerca de 3 mil anos antes de Cristo, consideravam as árvores como um símbolo divino. Tanto que realizavam cerimônias sagradas para reverenciá-las.
Segundo o misticismo deste povos, as árvores simbolizavam a aliança entre a Princípio Criador e a Mãe Terra.
Dos antigos ritos ancestrais até nossos dias, o simbolismo da árvore tornou-se tradição de Natal.
Veja alguns fatos que contribuíram para isso, e os significados da árvore de Natal em diversas culturas.
Na Antiguidade era comum as pessoas em épocas festivas decorarem suas casas com pinheiros, abetos ou sempre-vivas para afastar entidades maléficas, negatividades e doenças.
Outro costume dos povos antigos era o de preparar festivais para o retorno do verão, reverenciando o deus Sol, utilizando para a decoração ramos e árvores que eram considerados símbolos de vida, renovação e um novo ciclo.
Os antigos egípcios adoravam o deus Rá, representado com a cabeça de um falcão, coroada com o Sol.
Para venerar esse deus, esse povo enchia suas casas de juncos verdes, que para eles representava o triunfo da vida sobre a morte.
Os antigos romanos celebravam a festividade Saturnália em homenagem ao deus Saturno, o deus da agricultura.
Para celebrar essa época, eles decoravam suas casas e templos com ramagens verdes.
Os druidas, sacerdotes do povo celta, decoravam seus templos com galhos verdes, como simbologia da imortalidade dos deuses.
Ademais, o povo celta era muito ligado à natureza, considerava as árvores fontes vivas de sabedoria.
De acordo com o antropólogo John Rush, a simbologia da árvore de Natal tem suas raízes nos rituais dos antigos xamãs, que envolvia os uso do cogumelo de amanita, detentor de propriedades psicoativas.
Para tal fim, eles coletavam esses cogumelos nos troncos dos pinheiros, os desidratava ao sol e os colocava pendurados nos galhos de uma árvore.
Era também tradição presentear as pessoas com esse cogumelos.
Da ancestralidade para a atualidade, a árvore de Natal se tornou um símbolo conhecido no mundo inteiro e hoje figura em vários países:
Na Alemanha, a tradição de utilizar a árvore como simbolismo do Natal ocorreu a partir do século XVI.
Os alemães decoravam árvores em suas casas ou construíam pirâmides de Natal e as decoraram com sempre-vivas e velas. Também, era de praxe decorar um abeto com maçãs representando a Árvore do Conhecimento do Jardim do Éden.
No Ocidente, os alemães foram percussores da tradição da decoração natalina e da árvore de Natal que conhecemos hoje.
Outra contribuição dos alemães para a tradição do Natal, acredita-se que veio do alemão e criador do protestantismo Martinho Lutero, que teve a ideia de adicionar velas acesas para compor a decoração de Natal, junto com a árvore natalina.
Isso ocorreu quando ele refletia sobre um sermão, e ficou maravilhado ao olhar uma noite estrelada por entre as sempre-vivas. Então, ele resolveu reproduzir esta cena, erguendo uma árvore na sala de sua casa e prendendo em seus galhos velas acesas.
No século XVIII, a árvore de Natal foi trazida para a América do Norte pelos colonizadores alemães.
O primeiro registro de uma árvore de Natal na América, data do ano de 1747 pelos colonos alemães que viviam em assentamentos na Pensilvânia.
Na década de 1890, a utilização das árvores de Natal crescia nos Estados Unidos.
Passado muito tempo, já no início do século 20, os norte-americanos decoravam suas árvores com enfeites caseiros e gradativamente esse símbolo foi sendo incorporado à celebração do Natal, tornando-se uma tradição norte-americana que acabou influenciando e virando moda em outros países.
Na Inglaterra de 1846, a rainha Vitória, seu marido e filhos, foram retratados no Illustrated London News, em volta de uma árvore de Natal, o que ajudou a popularizar o uso desse símbolo natalino.
Na maioria das casas mexicanas, utiliza-se uma pequena árvore artificial, um galho de Bursera microphylla ou algum tipo de arbusto campestre.
Na Grã Bretanha, que compreende os países Inglaterra, Escócia e País de Gales é costume natalino decorar a árvore da espécie Picea abies, popularmente conhecida como Espruce-da-Noruega ou Espruce-europeu ou Picea-europeia, uma conífera da família Pinaceae, originária do norte e centro da Europa.
Na Irlanda, as árvores de Natal são decoradas com luzes coloridas, enfeites e bugigangas, e as casas são enfeitadas com guirlandas, velas, azevinho e hera, além de pendurar na porta coroas de flores e visco.
Na Suécia é mais comum decorar as árvores plantadas nas áreas externas das casas, colocando enfeites de estrelas, raios de sol e flocos de neve feitos de palha.
Os noruegueses têm um ritual conhecido como “Circundar a árvore de Natal”, em que todos dão as mãos para formar um anel ao redor da árvore. Em seguida, caminham em volta da casa cantando canções de Natal. Só depois os presentes são distribuídos.
Na Catalunha, comunidade autônoma da Espanha, é tradição natalina colocar avelãs, amêndoas, balas e doces no tronco de uma árvore para as crianças pegarem e se deliciarem com estas guloseimas.
Na Itália, sempre houve uma discussão entre os estudiosos do catolicismo se árvore de Natal é um símbolo cristão ou pagão?
Foi no ano de 1982 que a igreja católica oficializou em certo modo a árvore de Natal como símbolo natalício, quando o Papa João Paulo II enfeitou pela primeira vez a Praça São Pedro no Vaticano com uma árvore de Natal, além do tradicional presépio.
Na África do Sul, o Natal é comemorado na época do verão. Entretanto, o uso da árvore de Natal não é comum, mas costuma-se decorar as janelas com algodão e enfeites de Natal.
Como pinheiros naturais são muito caros e raros nas Filipinas, as árvores de Natal são feitas à mão de variados materiais, em variados tamanhos e cores.
Para a decoração de Natal, eles utilizam varas de bambu, papéis coloridos e borlas (ornamento de tecido no formato pendular contendo uma franja de linha). Pinheiros não existem em países tropicais, pois são plantas de clima frio, no máximo temperado.
Pequena porcentagem de chineses comemoram o Natal e, quando o fazem, erguem árvores artificiais enfeitadas com lantejoulas, correntes de papel, flores e lanternas decorativas. Lá, as árvores de Natal são chamadas de “Árvores de Luz”.
Para a maioria dos japoneses, o Natal é uma celebração dedicada aos filhos. Por isso, as árvores de Natal são decoradas com pequenos brinquedos, bonecos, enfeites de papel, cata-ventos, lanternas de papel dourado, sinos de vento, velas e cisnes (símbolo de longevidade) de origami.
No Brasil, a árvore de Natal se tornou uma tradição no início do século XX.
De lá para cá, surgiram diversas formas de ter uma árvore de Natal, das mais requintadas até as mais rústicas, utilizando para isso, a criatividade.
Vale lembrar que os pinheiros usados como árvore de Natal são plantas de clima frio que não gostam de calor. Então o jeito é adaptar e improvisar, o que importa é que a festa seja sustentável.
E por falar em criatividade, que tal montar sua árvore de Natal, de forma econômica, sustentável e ecológica, reaproveitando diversos tipos de materiais?
Saiba como em:
Se for montar sua árvore de Natal, não perca tempo, pois já está se aproximando a época de fazer isso.
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