Índice
Por que celebramos a Páscoa? Para muitos, a Páscoa representa a ressurreição de Jesus Cristo, morto na cruz na Sexta-feira Santa e ressuscitado no Domingo de Páscoa. Esta data traz consigo um significado profundo, mas também numerosos símbolos. Vamos conhecê-los um a um.
A Páscoa cristã nasce em correspondência à Páscoa hebraica, o termo deriva do hebraico Pesah, que significa “passagem”. De fato, os judeus neste dia se lembram da fuga do seu povo da escravidão do Egito e da passagem pelas águas do Mar Vermelho, guiados por Moisés, a fim de alcançarem a liberdade e a terra prometida.
Para os cristãos, a Páscoa é a vitória de Jesus sobre a morte com a sua ressurreição, que é contada nos quatro Evangelhos e nas cartas dos Apóstolos e é celebrada no domingo seguinte à primeira lua cheia após o equinócio de primavera.
Para os ortodoxos, no entanto, a Páscoa se celebra no domingo seguinte à primeira lua nova.
Agora vejamos por que a Páscoa nem sempre cai no mesmo dia, mesmo havendo a única certeza de que o dia será sempre um domingo.
A data varia porque está ligada ao dia da primavera, isto é, a Páscoa é celebrada depois da primeira lua cheia da primavera, entre os dias 22 e 25 de abril.
A Páscoa hebraica é fixada neste período de tempo após o ciclo lunar e a cristã segue a mesma dinâmica. Isto fora estabelecido pelo Conselho de Nicea durante o qual outras datas também foram definidas: a Quarta-feira de Cinzas na qual começa a Quaresma (40 dias antes da Páscoa); Pentecostes (50 dias depois da Páscoa); o Domingo de Ramos (o domingo anterior à Páscoa) e Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado Santos.
Muitos símbolos estão associados com a Páscoa, a maioria deles tem uma origem religiosa. Por exemplo, por que comemos a colomba? Por que presenteamos ovos? O que o coelho quer dizer? Vejamos cada um deles.
Um dos símbolos mais clássicos é a colomba associada ao conto bíblico do Dilúvio Universal. Noé, em sua arca, enviou colombas em exploração para ver se as águas haviam diminuído e se havia a possibilidade de retornar ao continente.
O simbolismo da pomba refere-se portanto, a um episódio do Gênesis, quando, após o grande dilúvio, Noé avistou de volta as colombas com um ramo de oliveira no bico e interpretou que as águas tinham baixado sobre a terra. O ramo significava a promessa de salvação e reconciliação com a criação e, portanto, um símbolo de paz.
Há também a lenda de que o rei lombardo Alboin, depois de conquistar Pavia pediu aos nobres para trazerem ouro como presente da Páscoa, pedras preciosas e 12 meninas de dezesseis anos. Para a ocasião, o chefe da corte criou um bolo macio, leve e perfumado, em forma de pomba para lembrar as decorações da catedral de Pavia.
O rei teria se entusiasmado com o doce e exclamando: “A partir de hoje, é preciso respeitar as colombas” E quando, pouco depois, começou o desfile perante ao rei, das jovens que deveriam ter sido presenteadas a ele, à pergunta soberana, “Como é o seu nome?” A primeira menina respondeu: Colomba, e a segunda fez o mesmo, e assim por diante. No final, para não tomar de volta a palavra dada, as meninas foram libertadas.
A escolha do ovo como símbolo da Páscoa tem origens antigas e nos leva diretamente à tradição pagã, relacionada ao sentido da vida e à sacralidade da própria terra. Os antigos egípcios, por exemplo, atribuíam ao ovo a função de fulcro dos quatro elementos que compõem o universo: terra, água, ar e fogo.
Em tradições pagã e mitológicas, o ovo acompanha o significado de renascimento, em particular com referência à chegada da primavera, época do ano quando a natureza floresce novamente após o longa e estéril inverno e quando a terra é revivida graças a uma fertilidade recém-descoberta: os campos podem ser semeados novamente na esperança de obter colheitas ricas. Além disso, os antigos romanos enterravam um ovo pintado de vermelho nos campos cultivados para propiciar fertilidade.
Os cristãos retomaram a tradição do ovo como símbolo de vida e do renascimento relacionando-o com o próprio significado do festival sagrado da Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Jesus Cristo e se renova a esperança da vida eterna no céu.
O ovo, portanto, representa uma nova vida interna, assim como o sepulcro vazio, representa a possibilidade de um renascimento após a morte.
Hoje usamos presentear ovos, uma tradição que começou na Idade Média, quando se presenteavam ovos feitos de metais preciosos, como o ouro, muitas vezes ricamente decorados e encomendados pelos governantes aos artesãos.
Já os ovos de chocolate teriam vindo dos Pâtissiers franceses que recheavam de chocolate, os ovos de galinha esvaziados, pintados e decorados que os pais escondiam nos jardins de casa, para que as crianças os encontrassem na Páscoa. Hoje, esta tradição ultrapassou o tempo e os ovos seguem como sendo o principal símbolo da Páscoa, só que de forma comercial, com ovos totalmente industrializados e feitos totalmente de chocolate.
E o que os coelhos têm a ver com a Páscoa? A tradição vem da Alemanha, onde a lebre da Páscoa, ou a osterhase, julgava o comportamento das crianças e, portanto, decidia de deixar ovos coloridos como presentes à elas.
Outra lenda diz que Santo Ambrósio mostrava a lebre como símbolo da ressurreição, porque capaz de mudar a cor do pelo dependendo da época do ano, ou mesmo na era pré-cristã, o coelho é visto como uma renovação da vida, porque este animal é particularmente prolífico.
Agora, sabendo sobre todas estas simbologias da Páscoa e sobre a sua história, fica ainda mais gostoso aproveitar o feriado, trazendo para si o profundo significado que a festa representa para nós.
Uma Feliz Páscoa a todos!
Talvez te interesse ler também:
Kinder Ovo: suspenso no Brasil por risco de contaminação por salmonela
Como fazer ovos de chocolate para Páscoa
Páscoa: faça coelhinhos para decoração reutilizando materiais
Símbolos da Páscoa: história, significados e lendas de ovos, coelhos e colombas
Boicote dos pais aos ovos de páscoa temáticos
Categorias: Significados
ASSINE NOSSA NEWSLETTER