Em virtude das últimas medidas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro, o cacique caiapó, Raoni Metuktire, decidiu ir até a Europa para conseguir ajuda contra as ameaças que as terras indígenas da Amazônia estão enfrentando.
A viagem do cacique Raoni Metuktire à Europa tem como objetivo solicitar apoio contra a exploração das terras indígenas e arrecadar fundos para a preservação do Parque Nacional Indígena do Xingu. Esses fundos deverão ser usados para sinalizar os limites da reserva e também para comprar drones e equipamentos para vigiar a região, protegendo contra possíveis incêndios.
De acordo com a notícia publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos, a visita do líder indígena à Europa levará três semanas, nas quais estão agendados encontros com chefes de Estado, celebridades, com o presidente da França Emmanuel Macron e com o Papa Francisco.
Assim como estamos acompanhando, os povos indígenas vivem um momento de apreensão e angústia, com as medidas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro. A mais recente é a de abertura da exploração da região amazônica pelos Estados Unidos, ampliando as atividades de mineração e agropecuária em terras indígenas. Segundo Bolsonaro, a demarcação das terras indígenas inviabiliza projetos de desenvolvimento da Amazônia.
No início do seu mandato, Bolsonaro transferiu a responsabilidade pela demarcação das terras para o Ministério da Agricultura, mas a Comissão do Congresso aprovou na semana passada o retorno dessa responsabilidade para a Funai (Fundação Nacional do Índio). O parecer aprovado pela Comissão do Congresso precisa ainda da aprovação da Câmara e do Senado, bem como a volta da Funai para a responsabilidade do Ministério da Justiça.
Sobre o cacique Raoni Metuktire, ele tem 87 anos e é conhecido mundialmente por lutar pela preservação dos povos indígenas e da Amazônia. Essa notoriedade também foi conseguida com o apoio do cantor Sting, que viajou por 17 países com o cacique, lutando pela proteção dos povos Xingu.
Outros três líderes indígenas do Xingu acompanharam Raoni nessa viagem. Após o encontro com o presidente Emmanuel Macron e o ministro do Meio Ambiente, na França, os líderes indígenas deverão seguir para a Bélgica, Suíça, Luxemburgo, Mônaco e Itália.
Esperamos que o objetivo dessa viagem seja alcançado, pois além da preservação das terras indígenas e da Amazônia, os fundos que eles pretendem adquirir também serão destinados para a saúde e a educação nas comunidades Xingu. Com isso eles poderão obter conhecimentos suficientes que os ajudarão a extrair e comercializar os produtos que eles próprios retirarem da natureza, sem causar danos a ela e trabalhando de forma digna.
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