Com o total descontrole do governo brasileiro sobre a pandemia de Covid-19, o mundo todo quer colocar o Brasil em quarentena.
Todos nós estamos correndo perigo com as variantes do coronavírus, falta de vacinas, hospitais públicos e privados lotados e um governo que diz e faz o oposto do que vem sendo feito no mundo inteiro para preservar vidas.
Mas mais vulneráveis ainda estão os povos indígenas brasileiros. Eles têm uma imunidade diferente da nossa e o risco de um contágio se alastrar por toda a aldeia é enorme, como aconteceu com o povo Huni Kuim, uma comunidade que vive no coração da floresta amazônica, no Acre, perto da fronteira com o Peru.
Nessa localidade remota, 90% da comunidade foi infectada pelo coronavírus.
Com o Brasil sob os holofotes da mídia internacional por causa da pandemia, o site italiano FanPage publicou um artigo com o seguinte título: “Por que os indígenas da Amazônia estão em risco de extinção por culpa da Covid e do Bolsonaro“.
Entre as “causas da extinção” dos indígenas brasileiros, o artigo cita que:
Enquanto a mídia internacional denuncia e a população mundial se preocupa com a variante brasileira, que aliás vem de Manaus, os indígenas brasileiros, com o apoio de ONGs ambientais, recorreram à Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Tribunal de Haia para denunciar Bolsonaro por ecocídio e crimes contra a humanidade.
Como se não bastasse esse cenário, as comunidades indígenas também sofrem com a falta de abastecimento alimentar e de itens de higiene, bem como com a falta de programas sociais que não têm chegado a esses lugares.
A médica sanitarista e coordenadora do Projeto Xingu da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Sofia Mendonça, avaliou em entrevista à BBC que:
“Há um risco incrível de o vírus se alastrar pelas comunidades e provocar um genocídio. Todos adoecem, e você perde todos os velhos, sua sabedoria e organização social. Fica um buraco nas aldeias”.
Ela compara a atual pandemia com as epidemias passadas, como a do sarampo, que dizimaram milhares de indígenas. Os métodos usados nas cidades para conter o vírus – como máscara, álcool em gel, sabão – não são replicáveis em aldeias. Os modos de vida nesses locais são outros, pois os indígenas compartilham tudo.
A orientação tem sido para que eles adotem práticas de reclusão similares às que ocorrem em ritos de passagem, a fim de isolar aqueles que apresentam os sintomas da Covid-19.
O mais importante é impedir que o vírus chegue às aldeias. Entretanto, missionários, madeireiros e garimpeiros tentam se aproveitar da situação, expondo os indígenas ao risco da infecção.
De acordo com a Fundação Nacional do Índio( Funai), existem 107 grupos indígenas não contatados na Amazônia brasileira.
Que eles permaneçam assim, isolados e protegidos!
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Categorias: Povos da Floresta
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