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Uma pesquisa revelou que estamos ingerindo cerca de 40 mil pedaços de microplásticos por ano. É muuuita coisa!
Em 2021, foi publicado um estudo por equipes de pesquisa das universidade de Cornell e de Utah onde mostra que os oceanos estão vaporizando um fluxo contínuo de microplásticos na atmosfera, que podem vagar pelos continentes e mares antes de voltarem novamente no solo.
Segundo o trabalho, há um ciclo global de plástico, parecido com outros ciclos biogeoquímicos como os da água, do nitrogênio e do carbono.
De acordo com os dados da pesquisa, é estimado que 8,8 milhões de toneladas métricas de lixo plástico que vêm da terra não prejudicam apenas os oceanos.
Não existe um destino final para o plástico. O que produzimos hoje, vai continuar no planeta por gerações. E não sabemos lidar com este problema.
No meio ambiente, este tipo de lixo é fragmentado primariamente por
em fragmentos que têm o tamanho desde pequenos seixos até o de uma bactéria.
O nanoplástico, por exemplo, que os cientistas começaram a medir recentemente, é o material que está abundantemente presente nos oceanos e pode ser tão pequeno quanto um vírus.
Os chamados microplásticos se misturam frequentemente com aditivos potencialmente perigosos e alteram a qualidade do solo, diminuem colheitas e estão presentes em diversos alimentos.
Pesquisadores sugerem que comemos entre cerca de 39 mil a 52 mil pedaços de microplástico por ano e inalamos centenas deles.
Este material pode ser altamente prejudicial à saúde: pode causar
Além disso, os microplásticos estão nos tornando mais resistentes a antibióticos.
Um estudo da Universdade Rice, no Texas, examinou o impacto do poliestireno na saúde humana.
Foi constatado que partículas de microplásticos formam um ambiente para que bactérias de alta resistência a antibióticos floresçam.
Quando as partículas envelhecem, liberam genes de resistência a antibióticos. Estes contêm cromossomas bacterianos, fagos e plasmídeos, que podem espalhar a resistência, baixando a capacidade de lutar contra infecções.
O poliestireno está em todo lugar: em embalagens de plástico, roupas e, no que comemos (entre outros produtos).
Segundo a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a maneira como o plástico é usado na agricultura no mundo ameaça a segurança alimentar e potencialmente a saúde humana.
Para a organização, o solo contém mais poluição de microplásticos que os oceanos, e há evidências da necessidade de uma outra forma de manejo de milhões de toneladas usadas pelo setor todo ano.
Além disso, a FAO afirma que o uso saiu do controle e que muitos produtos são usados apenas uma vez e depois são enterrados, queimados ou perdidos.
Também há uma demanda crescente de plásticos agrícolas poluindo o planeta.
Um estudo da FAO, estima que 12,5 milhões de toneladas de produtos plásticos foram usados na produção de plantas e criação de animais em 2019, e mais 37,7 milhões na embalagem de alimentos.
Dados sobre o uso de plástico são limitados, mas estima-se que a Ásia seja a maior usuária, o que equivale à metade de sua utilização.
Além disso, a demanda global de produção como a de gases do efeito estufa deverá crescer 50 % até 2030.
O plástico prejudica a vida marinha e está causando sérios problemas na base da cadeia alimentar, além de fazer mal para a nossa saúde.
O primeiro plástico foi criado em 1862, levando em consideração o tempo de decomposição (450 anos), ele ainda existe.
Quais são as outras alternativas para tentarmos parar de consumir plástico no dia a dia?
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Categorias: Lixo
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