Coca e Pepsi: até 2025 somente embalagem reciclável, reutilizável ou compostável


As garrafas plásticas de refrigerante, refresco e água são umas das maiores poluidoras do mundo. Há bem pouco tempo, empresas como Coca-Cola e Pepsi vendiam seus produtos em garrafas de vidro retornáveis – bem menos poluentes do que as comercializadas atualmente. 

A fim de enfrentar o problema da poluição de plástico, as duas maiores fabricantes de refrigerantes do mundo resolveram cortar o mal pela raiz: desfizeram suas relações com uma associação comercial representante da indústria do plástico, informa o site CNBC.

As pressões sobre as empresas têm sido grandes, é o que afirma Patty Long, presidente interina e CEO da Plastics Industry Association. Segundo ela disse à CNBC, o Greenpeace vem persuadindo várias marcas que são membros da associação a sair dela:

“Isso é lamentável – as marcas de consumo são essenciais para transformar os compromissos de sustentabilidade em realidade, trabalhando com seus fornecedores para fazer mudanças duradoura. Por exemplo, nossos membros trabalham juntos para alinhar seus esforços para colocar a reciclagem e a sustentabilidade na vanguarda de seus negócios”.

A pressão da entidade ambiental começou após a descoberta, em 2018, de que a Coca-Cola, a PepsiCo e a Nestlé eram as maiores produtoras mundiais de lixo plástico, principalmente de poliestireno, que é usado em embalagens, e PET, usado em garrafas e recipientes.

Tanto a Coca-Cola quanto a Pepsi se comprometeram, que em até 2025, todas as suas embalagens serão recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis.

A representação da Coca-cola declarou que:

“Nós nos aposentamos no início deste ano devido a posições que a organização estava assumindo que não eram totalmente consistentes com nossos compromissos e metas”.

Um porta-voz da PepsiCo disse:

“Não participamos do trabalho de patrocínio da associação ou de suas subsidiárias e nossa associação terminará no final deste ano”.

Apesar de ambas as empresas terem rompido os laços com a associação do plástico e estabelecido metas que atendem aos consumidores ambientalmente conscientes que pedem menos desperdício, elas ainda são defensoras da pressão contra a legislação que resultaria em mais reciclagem. Sem falar que seus produtos são desnecessários e nada saudáveis. 

Trata-se de um avanço importante para poluir menos o mundo com plástico, entretanto, sabemos que o compromisso assumido por essas multinacionais é insuficiente para resolver, de fato, o problema.

Mesmo assim, fica o exemplo da pressão ambiental que dá certo. Muitas vezes o consumidor consciente quer reduzir o plástico mas não encontra nas prateleiras produtos não embalados neste material.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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