Vacinação Covid-19 e lixo hospitalar: onde isso tudo vai parar?


Vem aí lixo, mais lixo, muito lixo e lixo perigoso.

Com o desafio de vacinar a população mundial contra a Covid-19, fica a pergunta: onde colocar e o que fazer com o lixo hospitalar gerado na vacinação?

Luvas, seringas, agulhas, embalagens, vidros… é lixo que não acaba mais porque tudo deve ser devidamente descartado após o uso.

Uma empresa especializada em gestão de resíduo hospitalar calculou o tamanho do lixo gerado pela vacinação somente nos Estados Unidos: 660 milhões de agulhas e seringas. Junte a isso todo o arsenal de lixo em torno das embalagens que envolvem todo esse material médico.

A empresa, chamada OnSite Waste Technologies, criou uma máquina, a TE-5000, que funciona resumidamente da seguinte forma: é uma espécie de mini forno que queima todo o material hospitalar  e rapidamente transforma agulhas e seringas em barras comprimidas de plástico.

https://player.vimeo.com/video/332095512?title=0&byline=0&portrait=0&color=8dc7dc

Existem outras empresas e outras máquinas que fazem o mesmo serviço, transformando lixo hospitalar em migalhas plásticas ou em plástico comprimido.

O problema se “resolve” na questão da gestão, porque o lixo tem um volume e onde descartá-lo rápida e devidamente vira um problema, principalmente em estruturas hospitalares pequenas, como nos postos de saúde.

Então essa máquina diminui esse volume mas o lixo continua, só que menor. O segundo passo seria reciclar esse plástico remanescente.

De qualquer forma é uma alternativa porque para que tudo seja nos conformes, o lixo hospitalar segue uma destinação difícil e cara, pois não pode ser jogado aos aterros sem que antes passe por um devido processo de higienização.

Então, juntando-se às pragas das máscaras cirúrgicas descartáveis, temos agulhas, seringas, vidros e mais embalagens para sufocar o planeta igualzinho a Covid faz com o corpo humano.

É impressionate a que ponto chegamos.

E pensar que no começo da pandemia a ideia era a de que, finalmente teríamos acordado para a importância da ecologia e do respeito ao meio ambiente como prevenção de doenças… E o que temos para hoje é isso: não podemos desprezar vacinas nem máscaras, o único jeito é cuidar da melhor forma possível para que esse lixo não se volte contra nós.

E é tudo cíclico. Infelizmente!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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