Sacola feita à base de mandioca pode servir de alimento para os peixes


Criatividade, inovação e desejo de contribuir para solucionar um problema do tamanho do oceano. Foi assim que o biólogo indonésio Kevin Kumala decidiu enfrentar o lixo plástico nos mares e oceanos.

Kumala, após uma temporada nos Estados Unidos, ficou estarrecido com a quantidade de lixo em sua terra natal, a ilha de Bali – um dos destinos turísticos mais cobiçados do mundo.

Foi, então, que ele teve a ideia de criar uma sacola à base de mandioca, que pudesse servir de alimento para os peixes se jogada no mar, informa o portal F11.

As sacolas parecem essas comuns feitas de plástico, mas o diferencial é que elas não agridem o meio ambiente. Entretanto, a engenhosidade de Kevin não se limitou apenas às sacolas.

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Em 2014, ele abriu a empresa Avani Eco, que produz diversos outros produtos, como canudos, talheres, copos e embalagens feitos a partir do tubérculo. Todos esses utensílios sustentáveis se decompõem em cem dias.

A Avani Eco explica a missão da empresa em seu site:

“Nós buscamos continuamente nos tornar uma ponte para ajudar e encorajar comunidades e negócios a produzirem iniciativas que gerem um impacto sustentável para o meio ambiente. Encorajando o uso do termo ‘responsável’ como um valor central dos três fatores chave: reduzir, reutilizar, reciclar”.

O plástico é um dos resíduos mais poluentes para os mares e oceanos, visto que demora cerca de 400 anos para se decompor. Os prejuízos que causa à fauna marinha são enormes, além dos riscos ainda pouco conhecidos para a saúde humana.

Até 2050, estima que 33 bilhões de toneladas de plástico serão produzidas em todo o mundo, logo soluções inovadoras como a de Kumala são absolutamente necessárias para o meio ambiente.

É urgente que itens como os produzidos pela empresa de Kumala comecem a ser comercializados em larga escala para que possamos, definitivamente, não comercializar nem usar produtos que todos nós sabemos serem danosos para o equilíbrio do planeta.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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