França proibirá pratos e talheres descartáveis de plástico a partir de 2020, mas a indústria não está preparada


Adeus aos pratos e talheres descartáveis ​​de plástico na França. O parlamento francês votou a favor desta proibição. Como aconteceu no caso das sacolinhas de plástico, a medida seria um golpe para os produtores, mas um benefício para o meio ambiente, especialmente se pensarmos em alternativas sustentáveis para o uso destes produtos.

A proposta faz parte do Projeto francês de Lei sobre a Transição Energética. A Assembleia Nacional cumpriu a promessa de votar a favor da proibição dos talheres e pratos de plástico descartáveis, que entrará em vigor a partir 01 de janeiro de 2020.

E a decisão já está gerando controvérsia. Por exemplo, o deputado da UMP, Jean-Pierre Decool, acredita que por razões de higiene e por razões de segurança e conveniência, os talheres descartáveis ​​são insubstituíveis. Mas seria possível substituir o plástico por materiais mais ecológicos? Ele também afirma que a decisão coloca em risco 650 postos de trabalho. Neste caso, as empresas poderiam pensar em uma reestruturação na sua produção?

As primeiras tentativas para a rejeição da proposta fracassou e, portanto, parece mesmo que a França em breve dará adeus à esta conveniência dos tempos modernos. Mesmo sem a proibição, os consumidores e as famílias podem optar por não comprar talheres de plástico ou pelo menos usá-los apenas em raríssimas ocasiões, e não tão rotineiramente, o que ajudaria a reduzir a quantidade de resíduos produzidos.

Os fabricantes franceses destes produtos, com certeza não estão sentados esperando pela entrada em vigor da proibição. A indústria diz que está trabalhando com o governo francês para melhorar a recolha e a reciclagem desses produtos.

As alegações da indústria contra a proibição é de que o material é útil, barato e seguro sob o aspecto da higiene. Pratos e talheres plásticos descartáveis ​​são criticados por seu impacto ambiental, que, segundo a indústria, dependendo da disponibilidade e dos instrumentos de recolha e reciclagem, poderia ser maior ou menor, pois podem ser reciclados. O impacto também tem a ver com a educação das pessoas e o modo pelo qual elas usam estes materiais, não os dispensando no ambiente e usando-os com moderação. 

É realmente complicado principalmente para restaurantes e lanchonetes que usam estes produtos para a entrega dos seus alimentos. Já Nova Iorque proibiu os recipientes descartáveis feitos de poliestireno, o famoso isopor. Devagar as coisas vão mudando…

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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