Inaugurada, hoje (11), no estado do Ceará, a primeira etapa da usina que ligará o sistema que trata os gases oriundos do lixo para produzir biometano.
O biometano tem características semelhantes ao gás natural. Ele começará a ser produzido no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc), localizado na Região Metropolitana de Fortaleza. O projeto, que recebeu o nome de Gás Natural Renovável Fortaleza (GNR Fortaleza), é uma parceria do governo estadual, da prefeitura de Fortaleza e de empresas privadas.
Márcio Schittini, diretor da Ecometano, uma das empresas participantes do projeto, disse que, nesta primeira fase, serão instalados cerca de 150 drenos verticais e horizontais nas áreas do aterro para captar os gases (um total de 200) e direcioná-los a uma unidade de tratamento onde será produzido o biometano.
Segundo Schittini, “num primeiro momento, o gás terá uso industrial. Em seguida, chegará nas casas, nos táxis e, se almejarmos algo mais positivo, esse gás pode substituir o diesel usado nas frotas de ônibus e de caminhões de coleta.”
Nesta primeira fase, o biometano ainda não está sendo usado como produto. Mas Hugo Nery, diretor de serviços ambientais da Marquise, outra empresa parceira, comemora que o processo inaugurado hoje já provoca um impacto positivo. “O gás captado aqui ainda não está sendo aproveitado da forma como é previsto no projeto, mas já não está poluindo o ambiente da forma original porque o estamos transformando em CO2, que é 25 vezes menos poluente que o metano.”
Outro destaque da produção de biometano é que o projeto vai além da vida útil do aterro sanitário. “O biogás continua sendo produzido por muitos anos depois que o aterro acaba. O projeto tem uma vida útil, mas o planejamos para durar, pelo menos, 30 anos”, explica Schittini.
A finalização das obras da usina deve ocorrer até o fim de 2017 e a primeira fase tem investimento inicial de R$ 100 milhões.
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