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Para se fazer ciência, é claro que é necessário o investimento em educação e tecnologia. Mas, antes disso, fundamental é fomentar a criatividade e o desejo pela pesquisa como forma de ter acesso a algo que precisa ser, ainda, revelado, descoberto.
Muita gente acha que por trás de uma grande descoberta tem uma pessoa “nerd” fazendo experimentos em um laboratório. Mas a atividade de pesquisa pode e deve ser fomentada e incentivada dentro da escola, para crianças e jovens, para que ela seja mais habitual e menos estereotipada.
E foi na Escola Estadual Culto à Ciência, em Campinas (SP), que uma jovem de apenas 16 anos fez uma pesquisa muito relevante. Maria Pennachin desenvolveu um canudo biodegradável feito de inhame, informa o G1.
O biocanudo à base de inhame tem como vantagens pode ser descartado na natureza sem impactos negativos para o meio ambiente, além de ser maleável e comestível. Ou seja, é um produto altamente aproveitável.
O projeto foi tão exitoso que Maria irá apresentá-lo em uma feira internacional em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, em 2019. A motivação da pesquisa nasceu de uma discussão sobre o descarte de canudos de plástico no meio ambiente e as recentes leis sobre a proibição do uso deles.
A aluna relata que:
“Me despertou muito [o interesse] quando começou a aparecer essa problemática. Quando vem uma proibição, precisa de uma alternativa. Então eu mesma quis ir atrás dela”.
O biocanudo não tem gosto de inhame e tampouco se dissolve em contato com líquido. Para melhorar o produto, Maria explica que quer “investigar e ir mais além na firmeza: fazer uma linha vegana, porque a gelatina [um dos ingredientes na composição] não atenderia esse público, e fazer uma coisa mais interessante para o público infantil”.
A atual fórmula do biocanudo é resultado de uma série de experimentos orientados por duas professoras da escola que atuam em disciplinas com foco em questões ambientais. Segundo a docente Aloísa Morreto, este ano o tema de uma das disciplinas foi “resíduos sólidos”.
Maria usou diferentes ingredientes na composição do canudo. “Além do inhame, usei outros ingredientes nos testes. Inclusive coloquei vinagre. Nos que eu coloquei menos, teve o aparecimento do fungo. Fui regulando o tanto que precisava de cada ingrediente e obtive a massa final”, explica a estudante.
O projeto de Maria conquistou o 1º lugar da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), na categoria meio ambiente. A premiação deu a ela a oportunidade de representar o Brasil na feira que ocorrerá ano que vem nos Emirados Árabes.
Agora, ela precisa de patrocínio de interessados em investir no projeto. Então, quem puder ajudar o projeto e a ciência brasileira essa é uma ótima oportunidade!
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Categorias: Green Economy, Informar-se
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