Começamos este artigo com uma pergunta para gerar uma reflexão: O que é Capitalismo Consciente? Você já ouviu falar?
Boa parte da população nem se dá conta que ele existe, mesmo fazendo parte da sua existência. Em poucas palavras, Capitalismo Consciente é uma alternativa moderna ao capitalismo cujo foco não é apenas o lucro, como ocorre no capitalismo tradicional, mas sim o engajamento da sociedade como um todo em prol do bem estar comum.
Esse conceito parece um pouco distante da nossa sociedade, principalmente com tudo o que acontece de ruim no nosso país, mas em meio à políticas egoístas, descrença e ignorância que ainda impera por boa parte do território nacional, surge a esperança de empreendedores corajosos que quebram paradigmas impostos por padrões antigos que não fazem mais sentido para nossas vidas.
Aprendemos desde pequenos que devemos fazer o bem, que temos que ser solidários com os colegas, saber partilhar, dividir, doar e se colocar no lugar do outro, mas de nada adianta só falar. O que nos faz aprender de fato são os exemplos que miramos e as experiências que vivemos dia após dia.
E de nada adianta tentar enfiar na cabeça de quem quer que seja que ele ou ela deve ser bom para com os outros, se não for isso o que realmente se quer. Antes de tudo, para que haja mudança de paradigmas, é preciso querer essa mudança… Querer sair da zona de conforto, querer aprender novos métodos de vida em sociedade… E para isso precisamos de exemplos!
Exemplos para abrir nossos olhos para o que é bom.
Exemplos para mostrar que é possível.
Exemplos para ensinar como tornar possível.
E é essa a proposta do Capitalismo Consciente, cujo exemplo está nas empresas que adotaram essa postura para sua própria sobrevivência e de todos que dependem dela!
E por falar em exemplos, quem seria o exemplo de Capitalismo Consciente no Brasil e no mundo?
Segundo pesquisa apresentada pelo site napratica.org.br (originalmente divulgada no Portal DRAFT), o Capitalismo Consciente depende de empresas privadas que visam em primeiro lugar o bem estar da sociedade. O lucro é mera consequência, diferente do que acontece com o modelo tradicional capitalista.
Um exemplo disso é a Conscious Capitalism, uma organização sem fins lucrativos fundada em 2009 por Raj Sisodia, John Mackey (co-fundador da rede de supermercados WholeFoods) e membros das comunidades acadêmica e empresarial internacionais.
No Brasil ela é representada pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil, que também se baseia nos mesmos princípios da sua “matriz”:
Percebemos que fala-se muito em propósito e consciência neste artigo, e não é por acaso. Para que as empresas privadas, que são as responsáveis por manter o capitalismo consciente, mantenham-se motivadas não só a continuar nessa “filosofia”, como a abraçar a causa, é necessário fazê-las despertar para essa necessidade e sair do padrão do capitalismo tradicional, onde o lucro é o principal objetivo.
Que fique bem claro que o intuito do Capitalismo Consciente não obter lucro a todo custo, passando por cima de quem quer que seja, sem se importar com o bem estar dos envolvidos e da sociedade que os cerca. Empresas que pensam em produzir para satisfazer não só os seus clientes, sem gerar danos e ainda por cima em criar soluções engajadas com o público que a envolve, são exemplos de empresas atualizadas e que praticam o Capitalismo Consciente.
Dentre elas, as empresas que já praticam o Capitalismo Consciente, temos:
A maioria dessas empresas estão fora do país, onde essa cultura é mais forte, mas por aqui podemos observar algumas mudanças e certas atitudes relacionadas ao Capitalismo Consciente em empresas como a Natura, por exemplo, que se preocupa inicialmente com o bem-estar não só de seus clientes externos, mas também internos (consultoras).
Ela também desenvolve trabalhos sociais, sem deixar de lucrar com a venda de seus produtos nascidos de matérias-primas naturais cultivadas por pequenos e grandes produtores.
Outras empresas, do ramo de papel e celulose, por exemplo, preocupam-se com o meio ambiente e participam do processo de plantio, cultivo, extração e replantio das árvores e reflorestamento, garantindo assim o bem estar e a interação social com os moradores dos arredores.
Em resumo, entende-se por Capitalismo Consciente, a arte de fazer bons negócios, simplesmente pelo fato de fazer primeiramente o bem. Se você tem uma empresa, gosta do que faz e seu principal objetivo é a empatia e o engajamento, você está no caminho certo!
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Categorias: Green Economy, Informar-se
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