Até a ONU está apoiando a campanha para o desinvestimento das fontes fósseis. Um tema que será muito falado em 2015, ano onde em que acontecerá a conferência da ONU sobre o clima, COP21 em Paris.
A United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) decidiu oferecer o seu apoio à campanha para o desinvestimento dos fósseis. Um mês depois do Global de Divestment Day 2015, a Organização das Nações Unidas está empenhada em convencer os investidores a desistirem de seus investimentos em produção de energia não renovável, obtida através das fontes fósseis.
“Das ilhas do Pacífico à África do Sul, dos Estados Unidos à Alemanha, pessoas se mobilizaram para pedir aos governos, universidades, instituições financeiras e religiosas que parem de investir em indústrias criminosas que estão destruindo nosso planeta”, lê-se no site da campanha Gofossilfree.org.
E agora chega o apoio moral da Organização das Nações Unidas que compartilha da causa. A esperança é a de se chegar a um forte acordo para combater o aquecimento global na Conferência do Clima em Paris.
“Nós apoiamos o desinvestimento porque isto envia um sinal para as empresas, em especial as do setor do carvão, explicando-lhes que os tempos de ‘queimar o que quiser e quando quiser’ não pode continuar”, disse Nick Nuttall, porta-voz da UNFCCC ao The Guardian.
Parece óbvio, mas o apoio da ONU ao movimento deverá pesar muito nas economias dos países que estarão à mesa das negociações em Paris, especialmente para aqueles que geram energia através das fontes mais poluentes que existem, ou seja, carvão, petróleo e gás.
De acordo com ativistas da campanha, o objetivo é levar as empresas ligadas à geração de combustíveis fósseis à sua falência moral (não econômica). “A mensagem é que agora você pode abandonar os combustíveis fósseis, sem comprometer os investimentos. É um mundo diferente” garante Nuttal. “Tudo o que fazemos é baseado em ciência e a ciência já deixou claro que precisamos de um mundo com muito menos combustíveis”, disse.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em novembro, havia enviado pessoalmente uma mensagem aos investidores convidando-os a pararem de acreditar no carvão e nos combustíveis fósseis, e a passarem a optar pelas energias renováveis.
Enquanto isso, nossa Petrobras tenta sair da lama dos escândalos que balançam suas economias. Mas a petrolífera brasileira também poderia começar a mudar o rumo de seus investimentos, partindo para o biogás.
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Categorias: Energia Renovável, Informar-se
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