A energia solar é o futuro


O drama da estiagem sofrida em vários estados brasileiros não preocupa o país somente pela falta de água nas torneiras, mas também porque nossa matriz energética é hídrica. Ou seja, quanto menos água nos reservatórios, e muitos deles mesclam as funções hidrelétrica e de captação de água para consumo, maiores as possibilidades de haver um racionamento de energia como ocorreu no ano de 2001.

Para resolver a questão, o Brasil ainda se apega à energia hidrelétrica com mais afinco do que talvez devesse, afinal, um país com tanto potencial para outras matrizes energéticas, não pode depender de uma única forma de geração de força.

E é por isso que o Greenpeace decidiu provar que já é possível utilizar a energia solar para captar energia nos telhados de casas e prédios por meio da instalação de sistemas fotovoltaicos, geradores de eletricidade a partir do Sol, em duas escolas públicas, a Escola Estadual Professor Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, em São Paulo, capital, e na Escola Municipal Milton Magalhães Porto, na cidade de Uberlândia, MG.

“Escolhemos realizar as instalações em escolas porque acreditamos no poder transformador e multiplicador da Educação”, diz Barbara Rubim, coordenadora da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “Os jovens e as crianças são o futuro e vamos dar a eles as ferramentas e a inspiração necessárias para imaginar e construir um mundo no qual haja mais energia limpa.”

A ideia não é apenas gerar energia limpa e renovável, mas também economizar na conta de luz das duas escolas, que devem salvar, juntas, 25 mil reais por ano na conta. Valor que será revertido em ações culturais para os 1800 alunos das escolas.

Apesar do alto grau de insolação de nosso país tropical, o Brasil não figura nem entre as dez nações que mais utilizam o Sol como energia limpa e renovável. A desculpa sempre foi o custo das operações para captar energia solar, no entanto, as inovações tecnológicas devem mudar isso, conforme a experiência do Greenpeace já vem demonstrando.

Outro fator que precisa de reajuste é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que torna energia solar menos atrativa do que a energia elétrica, mesmo que seja mais limpa.

Minas Gerais foi o primeiro estado a alterar a forma de cálculo do ICMS, dando um forte incentivo para que os mineiros possam gerar sua própria eletricidade”, continua Rubim. “Não é à toa que, mais de dois anos após a edição da resolução que permite a microgeração no Brasil, este é o estado que tem destaque quando falamos sobre energia solar.”

Agora com o exemplo demonstrado pela instituição, ajudemos o Governo de São Paulo, e de outros estados, a enxergarem com melhores olhos a energia proveniente do Sol.

Leia também: Energias limpas, energias renováveis ou energias alternativas?




Redação greenMe

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