Os Estados Unidos são uma nação pavimentada. Em pesquisas recentes, foi constatado que cerca de 50% da superfície das cidades norte-americanas são compostas desse material. E, dentro desse total, 40% é composto por estacionamentos.
É necessário pensar em um efeito secundário desse tipo de espaço: concreto e asfalto absorvem a energia solar, retendo calor e contribuindo para o efeito urbano de ‘ilha de calor’ – que implica no fato de que áreas urbanas sejam bem mais quentes que seus arredores.
Pensando nessa capacidade de retenção de luz solar, foi criado um projeto, que prevê que coberturas de estacionamentos sejam formadas por painéis fotovoltaicos, para acumular eletricidade, enquanto servem de abrigo para os automóveis que estiverem ocupando as vagas.
São verdadeiros estacionamentos solares.
Dependendo da área a ser coberta, pode-se gerar muita energia. Por exemplo na Rutgers University há um estacionamento com esta cobertura. O espaço é de aproximadamente 114 mil m2 e é capaz de gerar 8 megawatts de potência – o que iluminaria 1000 casas.
Além do benefício objetivo da geração de energia sustentável há um segundo ponto: o fato de o carro, sob a sombra, não ficar tão quente, aumentando a eficiência energética do mesmo.
O maior entrave para um crescimento exponencial da implantação desses painéis é, infelizmente, o elevado custo de aquisição e implantação.
Por isso os painéis ainda acabam sendo coisa de grandes corporações, que podem, de fato, investir nesse tipo de iniciativa, ou então obra da iniciativa pública, que abre concorrência para tal implantação.
Ao mesmo tempo, caso não se incentive sua implantação, gerando demanda de mercado, os preços jamais irão cair. Portanto, a opção por implantar painéis fotovoltaicos é um investimento de longo prazo que, embora caro, vale a pena, pois uma volta instalado a energia é grátis e a demanda pelo produto tende a diminuir o seu custo.
Só assim, a maioria da população poderá ter acesso ao mecanismo para começar a gerar energia de forma muito mais sustentável, ou seja, sem depender tanto da energia hidrelétrica – mesmo porque, com a crise de água, a matriz hidrelétrica fica comprometida, por tabela.
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Fonte foto: helios24.com
Categorias: Energia Renovável, Informar-se
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