Carros de São Paulo terão de diminuir a velocidade para 50 km/h


Depois da polêmica envolvendo a decisão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), em diminuir a velocidade máxima utilizada pelos carros nas Marginais Tietê e Pinheiros, Haddad confirmou no último dia 10 que irá padronizar a velocidade máxima em até 50 km/h em todas as ruas da capital.

Essa é a segunda vez, em menos de três anos, que a velocidade das chamadas vias arteriais da cidade (que fazem ligações com os bairros) sofre redução. Em 2012 a velocidade máxima diminuiu de 70 para 60km/h. os motoristas de São Paulo terão até dezembro deste ano para se ajustar à medida.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) irá montar a estratégia para instalar o novo padrão de velocidade máxima permitida em toda capital. A medida visa, principalmente, diminuir o número de atropelamentos e mortes no trânsito, que aumenta todos anos.

A diminuição já atinge a região do Minhocão e também será posta no corredor Norte-Sul para 50 km/h, além de já afetar as Avenidas Jacu-Pêssego e Aricanduva na zona Leste de São Paulo.

Depois da reação intempestiva de parte da população da cidade com as reduções nas marginais, que gerou até mesmo um ação da OAB-SP contra a prefeitura, resta saber como será a reação dos motoristas a essa regra na cidade, que não deverá ser boa. Haddad, inclusive, já é chamado de “inimigo dos carros”.

O prefeito se defende afirmando que o mais importante é a velocidade média e não a velocidade máxima, que consegue ficar abaixo dos 50 quilômetros na cidade e que as novas regras ajudaram a mudar, sem falar na segurança dos pedestres.

Apesar do anúncio já ter ocorrido na segunda-feira, ainda não aconteceram manifestações mais fortes nas redes sociais, talvez motivadas pela falta de chuva na capital paulista (16 dias) que resultou em um ar pesado e difícil de respirar. Alguns dos defensores dos carros e inimigos da redução e das ciclovias, estão reclamando disso na internet e, parece, devem deixar para depois os protestos contra mais essa medida da prefeitura.

Lembrando que o argumento de que “só no Brasil que isso acontece” não funciona, já que a redução da velocidade máxima (e de forma ainda mais drástica), também tem sido implantada nas principais cidades da Europa e dos Estados Unidos.

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Fonte foto: fotospublicas.com




Redação greenMe

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