São Paulo proíbe produção e comercialização de foie gras


Foie gras? Não, obrigada! A Câmara Municipal da Cidade de São Paulo aprovou, no último dia 12, o projeto de lei que proíbe a produção e a comercialização do foie gras, in natura ou enlatado, nos estabelecimentos comerciais da capital paulista.

Como se sabe, o foie gras, prato típico da culinária francesa, nada mais é do que a gordurosa pasta de fígado de patos e gansos originária de doença artificialmente criada para a obtenção dos fígados aumentados ao extremo.

Foie gras, ou fígado gordo, que é a tradução do nome em francês, se produz pela alimentação forçada de patos e gansos durante 16 dias, quando lhes é empurrada a comida, várias vezes ao dia, por um funil de mais de 40 cm de comprimento. Essa comida, dada de forma forçada, é um composto de cereais misturado com gordura e sua quantidade é enorme – comparativamente, equivale a 12,6 kg de espaguete dados a um ser humano, ao dia.  

Com esse “tratamento” os animais adoecem rapidamente, engordando exageradamente, perdem suas formas, deixam de se mexer e têm muita dificuldade para respirar. O abate se dá 17 dias depois de começada essa tortura. E é o resultado disso que o ser humano come com prazer e ainda por cima paga caro, nos restaurantes mais elegantes.

Mas, o projeto de lei ora aprovado não tem como motivação unicamente a saúde e os maus-tratos que sofrem patos e gansos mas que, o foie gras não é alimento de primeira necessidade, sua produção é cara, seu consumo é só para poucos e, para sua produção são gastas quantidades enormes de alimento nobre, o cereal, o que é uma incongruência perante a luta constante da humanidade contra a fome.

Conforme se lê na justificativa do Projeto: “Uma grande parte da população do mundo sofre de má nutrição. Mesmo assim, são gastas enormes quantidade de cereal precioso, para a produção deste produto caro, que é vendido em restaurantes e lojas de luxo, e que só alguns podem comprar. O sofrimento infligido aos animais para a fabricação de foie gras, é altamente condenável. Nem sequer é um alimento de primeira necessidade, trata-se apenas de um aperitivo”.

O projeto também proíbe a comercialização de artigos de vestuário oriundos de pele de animais, em estabelecimentos comerciais situados no âmbito do Município de São Paulo.

O PL 537/2013, de autoria do vereador Laércio Benko (PHS), foi aprovado em votação simbólica, pois há acordo entre os líderes para aprovação não sendo necessário o registro do voto de cada parlamentar no painel, e enviado para sanção pelo prefeito Fernando Haddad.

Leia aqui a Justificativa do Projeto de Lei na íntegra.

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Fonte foto: wikipedia.org




Redação greenMe

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