Vem aí o rodízio de água em São Paulo


Nas eleições estaduais realizadas em 2014, o governador Geraldo Alckmin, que tentava, e seria bem-sucedido, à reeleição, afirmava categoricamente que não haveria rodízio e não faltaria água no estado de São Paulo. Eleições passadas, Alckmin com quatro anos de mandato garantido sobre o estado mais rico da União, e a garantia de que não haveria racionamento, ficou só na promessa, pois um rodízio com até cinco dias sem água por semana pode ser implantado nos próximos meses.

A informação foi dada pelo diretor metropolitano da Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp), Paulo Massato Yoshimoto no último dia 27, alertando que, caso não chova com maior intensidade na região do Sistema Cantareira, o maior do estado, atendendo cerca de nove milhões de pessoas, a empresa poderá adotar um programa de racionamento de até cinco dias por semana sem água.

“Se as chuvas insistirem em não cair teremos de fazer um rodízio muito pesado para ter uma economia necessária e não deixar que o nível continue caindo como está”, disse o diretor durante uma visita ao município de Suzano, ao lado do governador Geraldo Alckmin.

Atualmente com 5,1% de sua capacidade total e já tendo utilizado duas cotas do chamado “volume morto” – conhecida também como reserva técnica, o volume morto é um reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das comportas das represas do Sistema Cantareira, cuja água nunca havia sido utilizada para atender à população por ficar muito abaixo da área de drenagem – e agora só resta mais uma cota para ser retirada.

Sem chuvas fortes, ao final da reserva técnica, o Sistema Cantareira estará definitivamente “morto” para fornecer água ao povo paulista.

A princípio a Sabesp nega que haja uma data para começar o rodízio, e classifica como uma inverdade a notícia dada pela “Folha de S. Paulo” de que o racionamento começaria no mês de abril.

Atualmente um rodízio “informal” já acontece em várias cidades da Grande São Paulo como Osasco, Carapicuíba, Barueri, alguns pontos da própria capital paulista e outras cidades da região, onde a água é cortada durante os períodos da manhã e da tarde, retornando somente à noite ou por poucas horas do dia.

Com média de precipitação em apenas 54,52% do que era esperado para todo o mês de janeiro e com outros sistemas em situação difícil, Alto Tietê com 10,7%, Alto Cotia com 28,5% e Rio Claro com 26%, tendo somente como exceções o sistema Guarapiranga com 47,8% e o Rio Grande com 74,4% de sua capacidade total, São Paulo precisará de muita ajuda lá de cima para não passar pela maior crise de água de sua história.

O povo, que é mais inteligente que o governo, tem em mente: racionamento significa distribuir em rações, em quantidades medidas. A questão é, quais quantidades distribuir quando a água acabar? Enquanto isso, plantemos árvores e busquemos por outras fontes.

Fonte foto: Jon rawlinson via flickr




Redação greenMe

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