Os níveis de poluição da capital francesa excederam o limite de segurança por seis dias consecutivos. Para a Agência do Meio Ambiente da França, a qualidade do ar na Cidade Luz atingiu um dos piores níveis da história. Segundo o governo, o nevoeiro que encobriu a cidade foi causado pelo clima. A combinação da falta de ventos, noites frias e dias amenos impediu a dispersão dos poluentes.
Havendo a situação bastante crítica, para combater a poluição, desde sexta-feira, 14/03, o governo francês liberou o uso gratuito dos transportes públicos com o intuito de desestimular o uso de carros e motos. E a partir de hoje, 17, será obrigatório um alternado de veículos. Carros com matrículas pares poderão circular em dias pares, enquanto em dias ímpares, circularão os carros com matriculas ímpares. O rodízio alternado contará com o auxílio de 700 policiais para controlar o tráfego. A violação do rodízio poderá acarretar em multa imediata de 22 euros e até mesmo a apreensão do veículo.
Em janeiro deste ano, o Ministério dos Transportes francês anunciou a intenção de subsidiar os trabalhadores que utilizarem a bicicleta para irem ao trabalho. A proposta visa pagar 25 centavos de euro por quilômetro percorrido no trajeto da casa ao trabalho. O Ministro dos Transportes, Thierry Mariani, disse que o uso das bicicletas permite uma economia de 5,6 bilhões de euros pelos benefícios à saúde dos usuários, além da redução dos gases poluentes, e que as despesas com o projeto irá custar 20 milhões de euros aos cofres públicos. Estimativas apontam que se cada europeu pedalasse 2,6 quilômetros por dia em vez de utilizar o automóvel, haveria uma redução aproximada de 15% nas emissões de gás carbônico provocadas pelos veículos motorizados.
Enquanto Paris se preparava para o rodízio de carros, São Paulo que já o utiliza desde 1997 e pretende expandir a área de restrição chegando a 371 quilômetros em abril este ano, promoveu obtém, 16, um passeio ciclístico para marcar o Dia da Conscientização das Mudanças Climáticas. A pedalada teve um percurso de 15 quilômetros, saindo do Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, percorrendo quatro praças e parques da cidade até retornar ao ponto inicial. A organização definiu o passeio como uma oportunidade para aprender uma forma mais simples e saudável para reduzir as emissões de carbono. Durante o passeio foram debatidos temas como gestão de resíduos sólidos; alimentação e agricultura; água; arborização e desmatamento.
O governo federal brasileiro, a exemplo do governo do Paraná e do governo francês, deveria favorecer a adoção da bicicleta como meio de transporte, construindo mais ciclovias, por exemplo. Mas será que a população está preparada para usar a bike, quando, na semana passada, bicicletas públicas foram retiradas de algumas estações em São Paulo, por terem sido depredadas?
Fonte foto: Morgue File
Categorias: Cidades, Informar-se
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