Salve a maior árvore da Amazônia: conheça a campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes


#ProtejaAsÁrvoresGigantes é uma campanha que pede ao governo do Pará de proteger a Floresta Estadual do Paru (Flota), um santuário de árvores gigantes, que fica no Norte do estado.

É nessa Flota que está a maior árvore da América Latina e a quarta maior do mundo: um angelim-vermelho com o tamanho equivalente a um prédio de 30 andares e idade entre 400 e 600 anos.

São muitos os instituos engajados na campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes. Por meio de mobilização online, cada instituição está trazendo o assunto à tona nas redes sociais para que o maior número possível de pessoas conheça a Flota do Paru, um patrimônio natural dos brasileiros que está ameaçado.

Salve a maior árvore da Amazônia

O grandioso angelim-vermelho encontrado este ano tem 88,5 metros de altura e 9,9 metros de circunferência.

Para chegar até ele são necessários 15 dias percorrendo cerca de 400 quilômetros de rios cheios de corredeiras e mais 40 quilômetros a pé pela mata densa.

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Mas, nem assim o angelim-vermelho está a salvo da escalada do desmatamento. A Flota foi a quinta unidade de conservação mais desmatada de toda a Amazônia em outubro.

Criado em 2006, o território tem 3,6 milhões de hectares e faz parte do maior bloco de áreas protegidas do mundo. Além disso, a Flota do Paru é a terceira maior unidade de conservação de uso sustentável em uma floresta tropical no planeta.

Próximo ao angelim-vermelho, com quase 90 metros de altura, outras árvores de 70 a 80 metros foram localizadas. E, junto a essas gigantes, há muitos rios, cachoeiras, montanhas, savanas e uma grande diversidade de paisagens no local.

Árvores gigantes estão em perigo

 

Garimpo e grilagem ameaçam biodiversidade e economia local

A Flota do Paru também é uma área importante para conter as mudanças climáticas e para a preservação da biodiversidade amazônica.

Está repleta de espécies da flora e da fauna que só existem nessa região, chamadas de espécies endêmicas. Ou seja: com o aumento da derrubada da floresta, elas podem entrar em extinção.

Além disso, o desmatamento que avança no território coloca em risco atividades econômicas como:

  • o ecoturismo;
  • o manejo florestal;
  • e o extrativismo (geração de renda dos povos e comunidades tradicionais da região).

Nos últimos anos, atividades criminosas como a grilagem e o garimpo aumentaram na Amazônia e estão alcançando a floresta das árvores gigantes.

Segundo um levantamento do Imazon, existem 99 Cadastros Ambientais Rurais (CARs) dentro da Flota do Paru, o que indica que essas áreas provavelmente estão sendo alvo de grileiros.

Somente o Pará foi responsável por desmatar 351 km² em outubro, 56% do que foi registrado em toda a Amazônia. De janeiro a outubro, foram derrubados quase 10 mil km² de floresta na Amazônia, o equivalente a mais de seis vezes a cidade de São Paulo. É o segundo pior acumulado dos últimos 15 anos, de acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon.

A preservação do grande angelim-vermelho e de toda a Flota do Paru depende do governo do Pará.

As árvores gigantes e a Flota do Paru são um patrimônio dos brasileiros. O governo estadual precisa cancelar imediatamente os Cadastros Ambientais Rurais que estão dentro da unidade, fiscalizar e autuar a prática de atividades ilícitas que ocorrem na área de conservação.

O garimpo ilegal destrói a flora e polui a floresta com mercúrio. Não podemos perder nosso patrimônio para esses infratores, é preciso fiscalização efetiva e implementação de um plano de manejo para impedir a destruição.

#ProtejaAsÁrvoresGigantes

Fonte: BBC

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Lara Meneguelli


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