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Este botânico britânico decidiu colocar em uma gaiola na sua casa, a planta de nome científico Dendrocnide moroides, também conhecida como planta suicida. Junto à planta, uma placa escrito “PERIGO”.
Daniel Emlyn-Jones cultiva em sua casa uma das plantas mais perigosas do mundo. Por que ele fez isso?
Dendrocnide moroides, a planta suicida pertence à família das Urticaceae, sendo conhecida por seus pelos urticantes, presentes em toda a planta, das folhas à raiz, que expelem uma poderosa neurotoxina quando em contato com a pele.
Para evitar toques acidentais, Emlyn-Jones desenvolveu uma técnica de “crescimento seguro”, mantendo as plantas trancadas em uma gaiola com a advertência de “perigo”.
Para regar as plantas, Emlyn-Jones veste um par de luvas grossas de borracha até os cotovelos. Qualquer contato com as folhas ou galhos faria com que os pelos urticantes da planta penetrassem na pele, causando uma sensação de queimação extremamente dolorosa, que pode durar de algumas horas a 1 a 2 dias, e recorrer em menor grau por vários meses, sempre que a área for tocada, exposto à água ou submetida a mudanças de temperatura.
Com tantos riscos, por que cultivar uma planta tão perigosa?
“Sempre fui fascinado por plantas perigosas”
“Acho que é sempre interessante ver o que a natureza pode criar, e esta é uma planta extremamente perigosa. Achei que acrescentaria algum drama à minha jardinagem. Então peguei as sementes de uma empresa na Austrália, pagando cerca de sessenta dólares australianos… explica Emlyn-Jones.
Dendrocnide moroides também é conhecida pelos nomes:
Nativa das florestas tropicais do norte até o leste da Austrália, nas Molucas e na Indonésia, é considerada a planta mais tóxica das urticárias australianas.
Um dos primeiros registros dessa planta, nativa das florestas tropicais australianas, foi um demarcador de terras de North Queensland, AC Macmillan, que relatou em 1866 que seu cavalo havia sido picado por uma planta antes de “enlouquecer e morrer em duas horas”.
Pessoas que tocaram na planta descrevem a dor como insuportável. Um peptídeo chamado moroidina é o responsável pela dor alucinante.
Emlyn-Jones explica em um vídeo postado em seu canal no Youtube, recomendando – em caso de toque acidental – não esfregar a parte ferida, mas aplicar uma solução de ácido clorídrico a 3% na ferida e depois remover os pelos usando tiras de cera para depilação.
Fontes:
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Categorias: Biodiversidade
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