Liderança indígena é assassinada no MS


Marinalva Manoel, uma índia da tribo Guarani foi encontrada morta. Aos 27 anos, foi estuprada e esfaqueada e seu corpo colocado em uma estrada – BR-163 –, no dia 01 de novembro, no Município de Dourados – MS.

Em outubro, Marinalva chegou a viajar cerca de 1.000 km até à cidade de Brasília – DF, protestando com uma delegação composta por outros índios da mesma tribo, com a finalidade de levar as autoridades à demarcação de suas terras. O protesto foi realizado na Esplanada dos Ministérios, de frente para o Supremo Tribunal Federal.

O Conselho Guarani divulgou mensagens em sua rede social, solicitando ampla investigação sobre o caso e clamando para que o ciclo de mortes tenha fim.

Escalada de violência

Infelizmente, esse fato ocorrido com Manoel é trágico, mas está longe de ser raridade. É algo comum que lideranças Guarani sejam mortas, em circunstâncias de extrema violência, por matadores de aluguel, financiados por fazendeiros e agronegociantes que ocupam as terras reivindicadas por essas nações – não só a Guarani.

Assim, os latifundiários vivem de forma luxuosa, em grandes propriedades, enquanto os índios estão cada vez mais entrincheirados em reservas oficiais, superlotadas, ou então, em acampamentos.

Como a violência sofrida pelos Guarani é intensa, e os leva ao suicídio e a ser dizimados por desnutrição e violências, eles acabam reagindo às opressões, tentando ocupar algumas pequenas partes da área ancestral que é deles, por direito.

Mesmo assim, o olhar da Justiça brasileira é “cego” a tais demandas, o que acaba resultando em ordens judiciais de despejo aos indígenas.

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Fonte fotos: freeimages.com




Redação greenMe

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