Edwin Chota, o ativista peruano conhecido por suas ações contra o desmatamento na Amazônia, foi morto juntamente com outro três membros da Comunidade Nativa Alto Tamaya – Saweto – que faziam parte da tribo Ashaninka. Seu compromisso era combater o tráfico de cocaína e o desmatamento ilegal.
Junto com Jorge Pérez Ríos, Quinticima Leoncio Melendez e Francisco Pinedo, tinha saído para uma viagem através da floresta para conhecer alguns líderes indígenas no Brasil, quando o crime ocorreu. Os assassinatos teriam acontecido no dia 1° de setembro em uma área de difícil acesso, mas a notícia teria sido dada aos índios apenas uma semana depois.
Edwin Chota tinha 54 anos e sua tribo indígena da Amazônia está localizada em parte no Peru e em parte no Brasil.
Os responsáveis pelos assassinatos podem fazer parte de um grupo de madeireiros ilegais e ou de narcotraficantes, tendo em vista que os ativistas lutavam contra estes tipos de crime. No entanto, esta é atualmente apenas uma hipótese. A pedido do Presidente do Peru já se formou uma comissão de inquérito com o objetivo de identificar os responsáveis.
O que não faltam são acusações de omissão por parte dos governos, pois os ativistas eram líderes conhecidos internacionalmente. As autoridades não agiram contra o desmatamento e o tráfico de drogas, apesar de inúmeros relatos por parte dos índios.
Conforme relatou a Survival International, as viúvas das vítimas viajaram por três dias pela floresta para chegaram à cidade de Pucallpa e exigirem uma ação imediata por parte das autoridades peruanas, de modo que os assassinos sejam levados à justiça.
Agora, as mulheres da tribo de Ashaninka estariam tomando a liderança da comunidade para continuarem na batalha pela conservação da terra e do meio ambiente, para o bem de seus filhos.
Edwin Chota era muito bem conhecido entre os ativistas indígenas. Ele dedicou toda a sua vida para evitar que o corte ilegal destruísse sua casa, a Amazônia. Nos últimos anos, o líder vinha recebendo ameaças de morte por parte dos madeireiros, mas as autoridades nunca tomaram nenhuma providência para protegê-lo, conforme relata a Aidesep. Agora, o Ministro da Cultura do Peru assegurou que uma equipe de governo irá para Saweto para esclarecer os assassinatos.
Enquanto isso, os índios brasileiros seguem em estado de alerta pela defesa do “pulmão do mundo”. Haja discussão política em época de eleição que sequer colocam a questão indígena em debate. Uma pena!
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Categorias: Biodiversidade, Informar-se
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