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Cientistas divulgaram uma técnica de manipulação genética, publicada no periódico científico britânico Nature Communications, no dia 10 de junho, como uma nova arma para erradicação da Malária.
O conceito da pesquisa, que está em desenvolvimento há 6 anos, envolve manipulação genética dos mosquitos da espécie Anopheles, principais vetores do parasita causador da Malária. Como consequência, o cruzamento de mosquitos geraria sobretudo uma descendência de machos.
Com a drástica redução das fêmeas do mosquito, toda a população tem diminuído, o que ajuda a minimizar o risco de contato entre humanos e o parasita da doença – que tem, na fêmea, seu principal transmissor. Espera-se, então, que o resultado natural da experiência, seja o desaparecimento de toda a população dos insetos.
Cabe lembrar que a Organização Mundial de Saúde ainda considera a Malária uma preocupação, uma vez que chega a matar mais de 600 mil pessoas, todos os anos, ao redor do planeta – sobretudo ao sul do continente africano.
Experiências do gênero com relação ao Aedes aegypti, no mês de abril de 2014, foram liberadas, oficialmente no Brasil. O uso de mosquitos transgênicos transmissores da dengue, facilitariam a contenção do risco de transmissão da doença. Assim, novos mosquitos são gerados com modificações e não chegariam à fase adulta.
Tanto o Brasil quanto a Malásia já fizeram experimentos nesse sentido, tendo liberado nuvens dos insetos no ambiente. O Panamá, mais recentemente, também declarou que irá aderir à prática.
As opiniões sobre a validade das iniciativas a respeito da Malária de da Dengue não são unânimes, e muitos ambientalistas se preocupam com as consequências que podem decorrer da liberação de insetos transgênicos no ambiente, que podem ameaçar a biodiversidade.
É aquela velha história de o homem tentar manipular a natureza o que nem sempre acaba bem…aliás…há sempre uma grande possibilidade de acabar mal.
Fonte foto: wikipedia.org
Categorias: Biodiversidade, Informar-se
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