Linda e com um veneno único que pode ajudar a tratar a dor


Algumas pessoas sentem pavor de cobras e outras se sentem encantadas por elas. As cobras são animais enigmáticos que nos provocam curiosidade. Uma das espécies que causa muito fascínio é a cobra coral azul, Calliophis bivirgatus. Isso se deve por sua exuberante beleza.

Típica do sudeste da Ásia, ela se caracteriza por ter a cabeça e a cauda vermelhas e o restante do corpo com listras laterais azuladas. Embora a cobra coral azul nos atraia pela sua beleza, ela tem outro poder: é extremamente venenosa. Ela é capaz de imobilizar suas presas fazendo-as agonizar com o seu veneno. A vítima, logo após ser mordida, entra em estado de catatonia e seus músculos se contraem. Em estado de paralisia, fica fácil para a coral azul matar a sua presa.

A coral azul também é exímia caçadora de outras cobras venenosas. Isso porque seu veneno é produzido e armazenado em uma glândula que é encontrada em um quarto do comprimento do seu corpo, algo incomum nas demais espécies de cobras.

Embora o veneno da coral azul seja perigoso, a indústria farmacêutica tem grande interesse por ele para produzir medicamentos para a dor, segundo informa a Hypescience. Um relatório foi feito por toxicologistas da Malásia sobre o proteoma do seu veneno, cujas funcionalidades tóxicas podem ser usadas para a produção de soros e na descoberta de fármacos.

A equipe da Universidade de Malaya, na Malásia, coletou o veneno da coral azul malaio e identificou que ele é único. O estudo, que foi publicado na revista científica Science Daily, enriquece as bases de dados de toxinas de cobra, contribuindo para a produção de soros na região.

A riqueza da biodiversidade ainda é um mundo a ser explorado e que, certamente, trará enormes benefícios para o ser humano. Resta-nos a sabedoria para saber usá-la e preservá-la.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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