Adolescente morre após encontro fatal com tubarão enquanto nadava com golfinhos


Uma notícia que chocou o mundo pela raridade do evento. Uma adolescente de 16 anos morreu na Austrália depois de um encontro inusitado com um tubarão: “ninguém imaginava que ele pudesse estar no rio”.

Stella Berry estava passeando de jet ski com seus amigos na foz do rio Swan, em North Fremantle, na Austrália Ocidental, quando avistou golfinhos no rio e decidiu mergulhar para nadar com eles. Ninguém tinha percebido que um tubarão também nadava por perto e, imprevistamente o tubarão se lançou sobre a adolescente e a despedaçou, sem que ninguém pudesse fazer algo por ela.

O tubarão foi identificado pelas autoridades locais como sendo provavelmente um bull shark (Carcharhinus leucas). No Brasil seu nome popular é tubarão-cabeça-chata, tubarão-de-cabeça-chata, ou tubarão-do-zambeze.

Apesar do socorro ter chegado imediatamente após a chamada dos amigos, a menina não resistiu aos ferimentos.

A comunidade local ficou chocada com a notícia, pois há anos não havia relatos de incidentes com tubarão naquele rio, aliás, quem imagina que em rios também nadam tubarões?

Hannah Fitzhardinge, prefeita de Fremantle, cidade onde o acidente aconteceu, disse que não há conscientização suficiente sobre a presença de tubarões no rio, pois não há sinais na área alertando sobre esse perigo.

“Eu estava nadando perto da área de ataque e foi um choque. Tendo crescido na área, sempre nadei no rio, mas desconhecia totalmente a quantidade de tubarões-cabeça-chata que vivem em nosso sistema fluvial”, disse.

A prefeita disse que a cidade consideraria criar barreiras contra tubarões à luz do incidente. Especialistas dizem que, de fato, é incomum encontrar tubarões naquela parte do rio, mas depois do acidente, é melhor alertar os banhistas sobre a possível presença deles.

O tubarão-cabeça-chata pode viver tanto em água doce como salgada. Mede de de 2,0 a 3,5 metros de comprimento e é a principal espécie a atacar humanos em áreas fluviais. Vive tanto em águas profundas de até 30 metros que em rasas de menos de um metro e o perigo é justamente vê-lo em águas de pouca visibilidade como são os rios. No Brasil, essa espécie é encontrada principalmente no Recife, onde foram responsáveis por diversos acidentes na praia da Boa Viagem.

Não é o caso de demonizar o tubarão, mas é muito triste saber que a menina só queria nadar com golfinhos! A natureza é feroz. Nossos sentimentos!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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