Orca morre com tanto sofrimento depois de ter ingerido até um tapete


Morreu no Brasil uma orca fêmea de 5 metros depois de ter ingerido grandes quantidades de plástico. O exemplar da espécie (Orcinus orca) teria dado um “grito desesperado de socorro” ao se aproximar de um barco pedindo ajuda.

Vítima da nossa irresponsabilidade ambiental, a orca tinha em seu estômago um tapete enrolado medindo 89×40 centímetros, vários sacos e outros materiais plásticos.

Isso era tudo que ela tinha “comido” e, com o estômago cheio, há dias não teria mais conseguido se alimentar, morrendo depois de ter sofrido tanto o quanto demonstrava seu corpo magro e repleto de parasitas.

A pobre orca tinha sido avistada pela primeira vez no dia 19 de dezembro, enquanto nadava em volta de um barco de mergulhadores nas águas de Nova Almeida, no Espírito Santo. O cetáceo parecia querer brincar com as pessoas a bordo, como demonstra o vídeo abaixo, mas na realidade, o que sabemos hoje é que a orca não querida brincar, mas estava provavelmente desesperadamente pedindo por ajuda.

De fato, no dia seguinte ao encontro com os mergulhadores, a orca foi encontrada morta na praia de Costa Bela em Serra (ES).

Seu corpo, além de devastado pelo jejum prolongado, estava repleto de parasitas, o que indica que ela não conseguia nadar bem já há algum tempo, favorecendo a infestação de parasitas.

A necropsia do animal deixou claro que a orca teve uma morte atroz, cheia de sofrimento, ao ter carregado consigo, sabe-se lá por quanto tempo, uma quantidade enorme de plástico de todo tipo em seu estômago, o que bloqueou completamente o seu trato digestivo, condenando-a à morte por desnutrição.

É simplesmente mais um caso, entre tantos outros, sobre a morte de um animal marinho horrivelmente morto pela estupidez humana.

O caso foi noticiado no mundo inteiro.

O plástico é o câncer do planeta, é a verdadeira emergência ambiental, não obstante, continue circulando por aí como se nada fosse.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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