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O tuatara é o réptil vivo mais antigo da Terra, sendo descendente direto dos dinossauros. Seu nome científico é Sphenodon punctatus, pertence à ordem dos rincocéfalos, grupo de répteis que surgiu há cerca de 250 milhões de anos e do qual hoje, o tuatara, é a única espécie viva.
Conheça mais informações interessantes e curiosidades sobre esse extraordinário réptil sobrevivente da era dos dinossauros, que parece ter saído do túnel do tempo da Pré-História e chegado aos nossos dias.
Seu nome é de origem Maori (nativos da Nova Zelândia) e significa “picos nas costas”, uma referência às dobras triangulares em sua pele, que formam uma crista ao longo do dorso e da cauda do animal.
A origem do tuatara se deu provavelmente no período Triássico, durante a era mesozoica da Pré-História.
Em 1831, a princípio, o tuatara foi classificado como lagarto quando o Museu Britânico recebeu um crânio do animal.
O gênero permaneceu classificado dessa forma incorreta até 1867, quando Albert Günther, do Museu Britânico, observou nesse animal características semelhantes às de aves, tartarugas e crocodilos.
Na ocasião, ele propôs classificar o gênero Sphenodon, que compreende as espécies do tuatara e seus fósseis, na ordem Rhynchocephalia (que significa “cabeça de focinho”).
Hoje em dia, o tuatara é considerado pertencente à essa ordem, também chamada de Sphenodontia.
Outrora essa espécie de réptil estava espalhada por toda a Nova Zelândia, hoje vive apenas em algumas ilhotas desse arquipélago.
Os tuataras habitam zonas de floresta e praias de cerca de trinta ilhas ao largo da Ilha Norte da Nova Zelândia. A redução dessa espécie ocorreu porque surgiram, por intermédio do homem, animais que se tornaram predadores do tuatara, principalmente ratos, que comem seus ovos e filhotes.
Ademais, o tuatara se encontra ameaçado de extinção desde 1895, por perda de habitat e pela competição com espécies de roedores e mustelídeos introduzidas na Nova Zelândia.
O ciclo de vida destes répteis é bem longo.
Ele cresce e atinge o tamanho adulto com até 50-60 anos.
A expectativa de vida média é de cerca de 60 anos, mas podem viver mais de 100 anos.
O tuatara tem características mistas entre lagartos, tartarugas e aves.
Acredita-se que esta espécie tenha permanecido muito semelhante aos seus primeiros ancestrais. Mede de 50-60 centímetros de comprimento e pesa até 1 kg, seu corpo é verde-oliva ou verde-marrom com manchas amareladas e possui uma crista de espinhos da cabeça à cauda.
Apresenta dimorfismo sexual manifestado pelo tamanho: os machos são maiores.
Não tem órgãos de copulação, nem auditivos externos
Ele tem um olho pineal na testa, coberto por uma escama. A função deste terceiro olho é desconhecida.
Tuatara muda de pele pelo menos uma vez por ano, quando adulto; e de três a quatro vezes quando jovem.
Os tuataras adultos são répteis terrestres e forrageiam (colhem e se alimentam de forragem/ vegetação) principalmente à noite, comumente em temperaturas que variam de 12 a 16 °C.
Os filhotes se escondem sob troncos e pedras e são diurnos, provavelmente como instinto de proteção aos adultos de sua espécie que são canibais.
Os tuataras se desenvolvem em temperaturas muito mais baixas do que as toleradas pela maioria dos répteis e hibernam durante o inverno. Eles permanecem ativos em temperaturas tão baixas quanto 6°C, enquanto temperaturas acima de 28°C são geralmente fatais.
Este réptil usa as tocas dos pássaros como abrigo, quando disponíveis, ou cavam suas próprias.
Sua alimentação consiste predominantemente de insetos, principalmente besouros e grilos, embora ocasionalmente comam também rãs, lagartos e ovos e filhotes de aves.
Sua forte musculatura associada à mandíbula, em conjunto com uma eficiente biomecânica e uma dentição firme e robusta, providenciam uma mordida firme.
Os dentes não são substituídos, pois à medida que e desgastam, os tuataras mais velhos precisam mudar a alimentação para presas mais macias como minhocas, larvas e lesmas e, eventualmente, precisam mastigar sua comida entre os ossos lisos da mandíbula.
Um papel vital na captura de alimentos é desempenhado por sua língua grande e carnuda.
Ao contrário de outros répteis, o macho não possui órgão copulatório, por isso a passagem do esperma ocorre como nas aves, com a aproximação das cloacas (orifício com funções genital, urinário e intestinal) do macho e da fêmea.
O acasalamento desta espécie ocorre no meio do verão, quando o macho levanta a cauda da fêmea e posiciona sua cloaca sobre a dela, o que é conhecido como “beijo cloacal”.
O esperma é então transferido por aposição das cloacas do macho para a fêmea, de forma semelhante às aves.
Após o acasalamento, a fêmea cava uma pequena cavidade e deposita de 5 a 15 ovos, retornando ao longo de várias noites para preencher a cavidade.
Os ovos eclodem após cerca de 13 meses.
O sexo de um filhote depende da temperatura do ovo, pois temperaturas de incubação mais altas (acima de 22°C) resultam em filhotes do sexo masculino.
As fêmeas levam muitos anos para atingir a maturidade sexual, cerca de 13 anos, e põem ovos apenas de quatro em quatro anos.
Apesar das similaridades, diversas características permitem distinguir os tuataras dos lagartos.
Uma distinção marcante do tuatara é que ele é um réptil exclusivo da Nova Zelândia.
Apesar da aparência, o tuatara não é considerado um lagarto, porque pertence a uma ordem diferente.
Os lagartos pertencem à ordem Squamata.
Além disso, certas características do tuatara, o distinguem do lagarto, tais como:
As características comuns entre tuatara e o lagarto são:
Veja neste vídeo do canal WildBoi Pete como é um tuatara.
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O tuatara já foi muito comum nas principais ilhas do Norte e do Sul da Nova Zelândia, onde foram encontrados ossos fósseis (<10.000 anos) que indicam que eram distribuídos amplamente por todo o território neozelandês.
Desafortunadamente, boa parte das populações deste gênero de répteis foram exterminadas das ilhas principais algum tempo após a chegada de humanos e de mamíferos selvagens, como ratos, mustelídeos, gatos selvagens e cães, há cerca de 800 anos.
Nesse contexto ameaçador, as populações dessa espécie passaram a ficar isoladas em ilhas menores.
Hoje, existe cerca de 32 populações naturais de tuatara vivendo em pequenas ilhas ao largo da costa, além de pelo menos três ilhas nas quais as colônias de tuatara foram reintroduzidas.
Atualmente, as ameaças que o tuatara enfrenta são:
Com um ser remanescente da pré-história, o tuatara possui simbolismos espirituais.
Os significados de sua simbologia estão associados a:
Os olhos do tuatara podem virar em direções opostas e cada olho possui uma pálpebra extra transparente para que ele possa fechar os olhos e ainda ver claramente.
Sua visão lhe possibilita ver vários ângulos de uma situação e o que pode parecer oculto aos olhos dos outros.
Além disso, eles tem um terceiro olho resquício de tempos remotos, que provavelmente servia como um órgão a mais de visão.
Graças à sua capacidade de adaptação, este animal conseguiu evoluir e estar vivendo em nossos dias.
Ele superou as mudanças e evolução ao tempo, por sua capacidade de:
Esse réptil possui predominantemente hábito noturno, por isso, seu simbolismo faz alusão ao contato com o lado misterioso da vida.
É possível extrair uma mensagem dos significados associados às características do tuatara:
Para avançar, precisamos nos adaptar a cada situação, vendo o que está oculto em determinada experiência, enfrentando nossos temores e sombras e assim evoluir em nossa jornada pessoal.
E você? Já conhecia esse réptil fascinante?
Fontes:
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Categorias: Animais
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