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O Instituto Onça-Pintada (IOP), com sede em Mineiros (GO), foi criado em 2002 com a missão de promover a conservação da onça-pintada e outros animais silvestres. Multado pelo IBAMA por negligência e maus-tratos que teriam levado 72 animais à morte, o IOP é agora alvo de grande polêmica, pois nega as acusações do IBAMA, tendo ainda o governo de Goiás a seu favor.
O caso se tornou muito polêmico nos últimos dias e gerou grande repercussão nas redes sociais, causando tristeza e revolta, tanto daqueles que acompanham o trabalho do IOP, quanto de quem não o conhece.
Essa situação tem dado muito o que falar e ainda precisa ser bem esclarecida, para evitar que os animais em criadouros corram riscos em sua preservação.
Entenda melhor toda esta grave situação com as informações a seguir.
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) atestou negligência e imperícia do IOP no trato dos animais que abriga em sua sede, por meio de um relatório divulgado com exclusividade para o site Metrópoles.
Seguem dados deste relatório, sintetizados pela jornalista Mônica Nunes em matéria para o Conexão Planeta:
O documento relata que pelo menos 72 animais morreram – 52 de espécies ameaçadas de extinção, durante 5 anos, em:
Entre os animais que vieram a óbito nas instalações do instituto estavam onças-pintadas, macacos, tamanduás, cervos-do-pantanal, lobos-guará e aves como tucanos e araras vermelhas.
As causas apontadas foram envenenamento (devido à falta de cuidado no uso de veneno contra ratos), infestação de pulgas, ataques de abelhas, picada de serpentes, ataque de animais com os quais viviam no mesmo recinto ou predação por animais selvagens que invadiram o criadouro.
O órgão ambiental destaca que os registros de mortes nesse recinto superaram em 3 vezes os de nascimentos.
O IBAMA afirma que “seja por negligência ou imperícia, a condução de procedimentos adotados no Instituto Onça-Pintada resultou na morte de, ao menos, 72 animais de 2017 a 2021″.
Em virtude das mortes dos animais, em junho deste ano, o IBAMA multou o IOP em R$ 452 mil, além de embargar algumas de suas atividades, como:
Esse embargo permanece até que o IOP apresente novos planos de conservação, adequados a um criadouro conservacionista.
A Defensora dos Animais, Luisa Mell, declarou seu apoio às determinações do IBAMA, alegando que os responsáveis pelo Instituto Onça Pintada, de fato, cometeram negligência.
Veja a publicação abaixo onde ela explica as causas da negligência:
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Em 22 de agosto, os biólogos, fundadores e responsáveis pelo IOP, Leandro Silveira e sua esposa Anah Tereza de Almeida Jácomo, se manifestaram por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais e da instituição.
Antes de falar do assunto, Leandro explicou que a demora em se manifestar frente às acusações se deu em virtude do falecimento de sua irmã.
Assista ao vídeo dos esclarecimentos de Leandro e Anah frente às acusações:
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Em nota, a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-Semad, do estado de Goiás, pontuou “que parte dos óbitos autuados ocorreram quando a gestão do criadouro era realizada pelo IBAMA” e, por isso, manifestou estranheza frente às sanções aplicadas ao IOP:
Segue a nota:
Veja a reportagem do Jornal News 19 horas, publicada no canal Record News, atualizando sobre o caso e anunciando que o IOP afirmou que já apresentou a defesa junto ao Ibama:
Uma questão é certa, um criadouro ou santuário de animais silvestres precisa de supervisão, organização, apoio e recursos, tanto por parte do governo, quanto de órgãos públicos, como o IBAMA, e também da sociedade civil.
Inclusive, o próprio IBAMA já passou por problemas como noticiamos em:
Por tudo que foi apontado neste conteúdo, é preciso avaliar todos os lados envolvidos nessa questão para:
Todas essas ações são necessárias para promover, em primeiro lugar, o bem-estar dos animais, o que infelizmente não vem ocorrendo.
Fontes:
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Categorias: Animais
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