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Também chamado de Tanuki, o cão-guaxinim é um animal curioso, fofo e diferente, cuja pelagem é muito semelhante à do guaxinim. Tem o tamanho de uma raposa e é parente dos cães e lobos, ou seja, é um canídeo.
Apesar de se parecer com o guaxinim, o cão-guaxinim é uma outra espécie e pertence a uma outra família.
O guaxinim, também chamado de rato-lavadeiro, cuja espécie é a Procyon lotor, pertence à família dos procionídeos.
Já o cão-guaxinim, Nyctereutes procyonoides, faz parte da família dos canídeos.
Conheças as peculiaridades e algumas curiosidades sobre o cão-guaxinim, e saiba o que distingue esse animal de outros canídeos.
Também chamado de cão-mapache (português europeu) e conhecido como Tanuki (em japonês), é um mamífero, carnívoro e caniforme, mas não é um verdadeiro cão.
O cão-guaxinim tem vários pontos em comuns, mas também alguns distintos às outras espécies da família Canidae, como:
Essa espécie é nativa do Japão, leste da Sibéria, norte da China, Vietnã do Norte e Coréia.
Um ponto em comum às outras espécies de canídeos é que, embora o cão-guaxinim pertença à ordem dos carnívoros, ele, na prática, é onívoro, ou seja, come vegetais como sementes e bagas; e animais como rãs, lagartos, roedores e pássaros.
Uma peculiaridade do cão-guaxinim é que ele tem comportamento reservado, é um animal manso e pacífico, que prefere se esconder do que brigar, e até finge-se de morto para despistar seus predadores.
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Após o cio da fêmea e do acasalamento com o macho, ela passa por uma gestação de aproximadamente 60 dias.
Após esse período, os filhotes nascem e o macho ajuda na criação da prole.
O macho fornece comida à sua companheira e também para os filhotes, quando eles desmamam.
O desmame dos filhotes se dá depois de 50 dias após o nascimento.
Com 1 ano de idade, o jovem cão-guaxinim se torna física e sexualmente maduro.
O cão-guaxinim é o único canídeo que entra em torpor, uma espécie de estado de letargia para se proteger do inverno.
Outra distinção desse canídeo é que suas garras são curvas, o que lhe permite de escalar árvores.
Ele não ladra e seu rabo assume a forma de um U invertido quando deseja se impor e expressar dominância.
Os dentes do cão-guaxinim são pequenos para um canídeo.
Veja neste vídeo, do canal Animalista, indivíduos da espécie cão-guaxinim e mais informações sobre esse animal:
Existem algumas curiosidades que envolvem o cão-guaxinim nos países onde é nativo, como o Japão por exemplo.
Neste país, este animal está associado a mitos e lendas que o tornam símbolo de prosperidade e sorte.
No Japão, o cão-guaxinim é chamado de Tanuki e é considerado um ser sobrenatural e mágico que faz parte de lendas folclóricas da cultura milenar desse país.
As imagens de Tanuki expressam as características marcantes desse animal, sendo representadas com um semblante alegre e um sorriso leve e afetuoso.
Na cultura japonesa é comum ver a representação desse animal na arte, principalmente na forma de estátuas e pinturas.
Acredita-se que a imagem do Tanuki traz prosperidade e riqueza.
O Tanuki é um mito milenar no Japão sendo considerado uma criatura mítica, travessa e alegre, com poder de mudar e assumir diversas formas.
É tradição japonesa colocar estátuas de Tanuki nas portas e entradas de estabelecimentos comerciais, para atrair boas vibrações e bons clientes.
Infelizmente, nas regiões onde esta espécie é nativa, como o Japão e China, houve um declínio na população do cão-guaxinim devido à caça, comércio de pele e urbanização.
Devido à interferência humana na vida dessa espécie, esse animal vem sendo alvo de crueldade, matança e perseguição.
Como por exemplo:
Uma investigação feita por três grupos de proteção dos animais na China nos anos de 2004 e parte de 2005 apontou que aproximadamente 1,5 milhão de cães-guaxinim estariam sendo criados na China para a extração e comércio da pele deste animal.
No Japão, esta espécie representa 11% dos animais caçados naquele país.
Entre 1927 e 1957, a indústria de produção de peles introduziu de 4.000 a 9.000 de animais dessa espécie na ex-URSS. leste europeu e parte central asiática, Eslováquia, Alemanha, França, Áustria e Hungria.
Na Rússia, país em que este animal foi introduzido na época da União Soviética, 20% da produção de peles era extraída desta espécie.
Em 1948, trinta e cinco cães-guaxinins foram introduzidos na Letônia. A população aumentou rapidamente, espalhando-se para outras regiões.
Atualmente, esta espécie encontra-se de forma abundante em territórios da Finlândia, Suécia, Estônia, Lituânia e Letônia e existem relatos de sua presença também na França, Itália e Suíça.
Cães-guaxinins também podem ser encontrados na Escandinávia e nos Países Bálticos.
Em alguns locais como Suécia e Finlândia, a população de cão-guaxinim é considerada invasiva. Isto se deu por conta da interferência do homem ao tirar essa espécie de seu habitat natural e introduzi-lo em outros por ganância e mercantilismo.
Nesse contexto, mais uma vez o animal paga a conta e sofre perseguição e crueldade porque o ser humano, para conter o aumento populacional dessa espécie, a subjuga, persegue e mata.
Outro problema que o homem resolveu colocar nas costas do cão-guaxinim é a origem do vírus que desencadeou a pandemia Covid-19.
Até agora, não se sabe ao certo a origem da pandemia do coronavírus. Já se cogitou que o vírus SARS-CoV-2 tenha vindo do morcego, do pangolim, ou de que tenha escapado de um laboratório.
Existem também informações de que grande parte das primeiras pessoas infectadas, tinham ligação com a parte oeste do mercado de Wuhan que, na época do surto das infecções, vendia animais selvagens vivos, entre estes, o cão-guaxinim.
Mas tudo são hipóteses que acabam funcionando como justificativas para o desmando do ser humano sobre as outras espécies (especismo).
No Brasil não existem cães-guaxinins, mas existe uma única espécie de guaxinim. A espécie aqui existente é popularmente chamada de mão-pelada (Procyon cancrivorus).
Esse animal se alimenta de frutos e insetos dentro das matas e campos, capturando suas presas colocando as mão dentro da água e da lama.
Apesar de serem de famílias diferentes, o mão-pelada é de fato parecido com o cão-guaxinim.
Como visto, o cão-guaxinim é um animal diferente e selvagem. Entretanto, existem locais em que as pessoas criam essa espécie como animal de estimação e, diga-se de passagem, que o seu temperamento manso, afetuoso e brincalhão o habilita a ser um amigo e pet companheiro.
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Categorias: Animais
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