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Cada vez mais observamos causas de pessoas comprometidas com a proteção de animais domésticos e silvestres.
Um juiz de Americana (SP) concedeu a uma moradora da cidade a guarda de uma gambá fêmea, chamada Catarina. A mãe da gambá da espécie Didelphis albiventris, foi morta, deixando a filhote órfã.
A saga da filhote teve início no final de março de 2019, quando o animal tinha apenas 7 centímetros.
Os cuidados com a gambá seguiram sempre orientações especializadas, como ficou demonstrado ao longo das 277 páginas da ação de guarda de animal silvestre, proposta pela advogada Erika Camargo Vegners, dado que não é permitido manter animal selvagem em casa.
Viu-se que Catarina “cresceu e ganhou peso, vindo a se tornar forte e sadia“, mesmo dentro de todas as condições que se impunham. “Passado o período crítico e tendo observado que a gambá possuía dificuldades de locomoção, entendeu que ela não sobreviveria se reintegrada à natureza”.
Entendeu, também, que deveria tomar para si a responsabilidade de manter os cuidados com o animal e objetivando regularizar formalmente a sua guarda, procurou espontaneamente a Polícia Ambiental, em Americana — SP.
Não obtendo êxito pela via administrativa, mesmo apresentando todos documentos e exames que foram solicitados.
Catarina foi enviada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Barueri (SP), que, na época, contava com cerca de 900 animais da mesma espécie. Para a autora da ação, esse foi o ponto decisivo que a fez recorrer ao judiciário.
Apoiado nas provas apresentadas na ação de guarda proposta, o juiz Márcio Roberto Alexandre concedeu o pedido liminar, determinando que Catarina voltasse a ser cuidada pela tutora.
A defesa do Estado de São Paulo argumentou que a autora da ação não se enquadra nas possibilidades legais e que não sendo possível a soltura, o animal deveria ser encaminhado para um criadouro ou zoológico. Mesmo diante desse argumento, o juiz sentenciou pela concessão da guarda definitiva à tutora.
Final feliz, a advogada provou que a mãe humana não queria a gambá para comercializar animal silvestre, e assim ficou decidida a guarda da gambazinha à moradora de Americana.
De fato, não devemos manter animais selvagens em casa. Essa foi uma exceção à regra. A lei que deve imperar, sempre, é a lei do amor e do respeito a todos os animais da Terra.
Já que eles não fazem, nós fazemos. Precisamos de mais ações como essa!
FAÇA O QUE ESTIVER AO SEU ALCANCE.
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Categorias: Animais
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