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Você conhece o budião?
O budião ou peixe-papagaio (Scarus coeruleus), é considerado o jardineiro mais bonito dos 7 mares. Este peixe multicolorido, com as nadadeiras fosforescentes e a posição da boca – que faz parecer que ele está sorrindo!-, habita o nordeste e o sudeste brasileiro.
Ele é uma criatura fundamental para a manutenção dos recifes e corais do litoral brasileiro. Com sua boca em forma de bico, os budiões trituram os esqueletos de cálcio dos corais e os excretam como areia branca.
Um único peixe-papagaio pode gerar centenas de quilos de areia branca ao longo da vida.
Os budiões – com uma família com aproximadamente 100 espécies, 10 delas presentes no Brasil – sendo herbívoros que consomem uma grande quantidade diária de alimento, realizam, nas regiões de recifes, o papel de controle do crescimento das algas, consumindo essa vegetação para que ela não acabe “sufocando” o crescimento dos corais.
E esse papel de “jardineiro” do budião se mostra essencial porque, a alga é uma forma de vida que compete com os corais por alimento e tem uma velocidade de crescimento maior.
É a presença faminta do budião que ajuda a manter o equilíbrio do ecossistema, garantindo que os corais se reproduzam e as algas não se avolumem. Esse é o ciclo alimentar do ambiente coralíneo.
Os budiões podem sofrer com a pesca predatória, a poluição e outros riscos que a vida marinha segue sendo alvo.
Para isso foi criado o Projeto Budiões, desenvolvido pelo Instituto Nautilus em parceria com 7 universidades e patrocinado pela Petrobras.
O projeto trabalha com pesquisa e conservação de 5 espécies de budiões presentes no litoral do Brasil:
e reforça o compromisso de investimentos socioambientais e cuidados com o meio ambiente.
A pesquisa envolve desde o monitoramento da atividade pesqueira em áreas de presença das espécies, educação ambiental sobre a importância do budião, passando pelo desenvolvimento de políticas públicas de preservação e produção de conteúdo científico sobre as características e contribuições desses animais para o ecossistema.
O monitoramento, avaliação e status populacional dos budiões, são realizados por meio de mergulho autônomo ao longo de aproximadamente 3.300 km de costa brasileira, em 7 estados.
Durante o mergulho, os pesquisadores identificam e anotam todas as espécies de peixes e invertebrados encontrados. Estes métodos são chamados de censo visual em transecto (para contagem de peixes) e a intersecção de pontos para a contagem de invertebrados.
Em recifes profundos, a presença de mergulhadores é muito limitada pelo tempo e, mesmo nos recifes rasos, a presença do mergulhador pode afetar diretamente o comportamento dos peixes.
Para evitar essa interferência, o Projeto Budiões utiliza RUVs (Remoted Underwater Video ou vídeos subaquáticos remotos) que são deixados por períodos de até 50 minutos a 30 metros de profundidade e 6 a 15 metros dos recifes.
É assim que os pesquisadores observam a ocorrência e distribuição dos budiões e avaliam sua interação no ambiente com indivíduos da mesma espécie ou outras espécies.
Ajude a preservar a natureza para que o budião continue sempre vivo e em ação.
Olha que lindo o budião!
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Categorias: Animais
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